Fabricantes distribuíram 22.825 produtos em janeiro e fevereiro de 2022, o que representa variação de 2,05%; Segmento Leve teve desempenho sustentado por linhas ligadas a construção civil
O resultado obtido no primeiro bimestre de 2022, pela indústria de implementos rodoviários, indica tendência positiva nos negócios este ano. Em janeiro e fevereiro os fabricantes entregaram ao mercado 22.825 unidades, ante 22.367 produtos emplacados no primeiro bimestre de 2021. Isso representa crescimento de 2,05%. “A variação moderada está de acordo com nossa expectativa de início de ano”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR-Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, que completa: “e confirma nossa vocação empresarial: O Brasil produz, a ANFIR conduz”.
No segmento de Reboques e Semirreboques os destaques são as linhas de Canavieiros, Baú Frigorífico e Transporte de Toras. Os dois primeiros estão ligados ao agronegócio, o principal cliente da indústria de implementos rodoviários, enquanto o terceiro responde pelo transporte de madeira bruta que é matéria prima para as mais diversas aplicações: de embalagens a itens finais de mobiliário. O resultado de emplacamentos, com variação de 4,98% menor comparado ao mesmo periodo de 2021, reflete o momento sazonal da safra. “A colheita começou em meados de fevereiro e ganhará mais intensidade já em março”, diz Spricigo.
O segmento de Carroceria sobre chassis apresentou variação positiva de 12,39% no primeiro bimestre do ano, com relação ao mesmo período de 2021. Os destaques são Basculante e Carga Seca, ligados a construção civil, e Tanque, utilizado no transporte de combustíveis e demais cargas líquidas.
Ucrânia. O conflito entre Ucrânia e Rússia é um fato novo que a entidade espera que se resolva logo para evitar maiores complicações. “As mortes e todo o sofrimento da guerra nos causam horror”, afirma o presidente da ANFIR.
O agravamento da crise, na visão da ANFIR, pode trazer mais aumentos de custos de commodities, como aço que afeta diretamente os fabricantes por ser sua matéria-prima principal.
Outro reflexo negativo para o setor, esse indireto, está ligado as exportações. A queda nas vendas de grãos ou carnes congeladas, por exemplo, reflete negativamente nas empresas do agronegócio. “Por sermos parte integrante da cadeia de comércio exterior o que afeta o agronegócio afeta também a indústria de implementos rodoviários”, conclui o presidente da ANFIR.