Para Giulio Claro, diretor da NSA Pneutec, empresa especializada em reforma de pneus, técnica pode proporcionar economia de 40% para transportadoras
Os pneus são o item mais importante na segurança de um veículo, por serem diretamente responsáveis por fatores como aderência (inclusive em pistas úmidas e na terra) e distância de frenagem. Da mesma forma, com a recente escassez de borracha no mundo, o preço de pneus novos disparou, levando transportadoras e frotistas a apostarem ainda mais na reforma de pneus que oferece importantes ganhos diários, como economia e durabilidade.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos (ABIDIP), o preço no mercado internacional de borracha, matéria-prima básica na fabricação de pneus, subiu mais de 100% em 2021, de US$2,5 mil por tonelada para US$ 5,4 mil.
Giulio Claro, diretor da NSA Pneutec, empresa especializada em reforma de pneus há 70 anos, explica que o profissional da reforma hoje possui grande importância junto à indústria de transportes: “O reformador é um grande aliado da economia na conta final de pneus do frotista. O valor de uma reforma representa, em média, menos de 40% do valor da compra de um pneu novo, e com desempenho quilométrico igual ou superior quando comparado às marcas low price. Isso faz muita diferença”, comenta.
De acordo com a NSA, um pneu novo pode ter uma durabilidade similar ou até mesmo superior, caso o condutor realize a manutenção necessária e atue pela preservação. Esse fator, durabilidade, representa um grande benefício para o segmento de transportes
Como devem ser os cuidados com o pneu reformado?
O pneu, como qualquer parte do veículo, requer cuidados de manutenção preventiva e corretiva, para que desempenhe o máximo do seu potencial, além de garantir a segurança de todos.
Para prolongar sua vida útil e atingir a máxima quilometragem possível para um pneu reformado, Giulio compartilha três dicas para os motoristas cuidarem melhor dos pneus no dia a dia:
- Fazer a conferência e correção da geometria do veículo (alinhamento e balanceamento);
- Calibrar para manter a pressão adequada do pneu, principalmente para suportar carga;
- Manter o emparelhamento dos pneus (mesma medida, altura, largura e desenho), para dividirem o peso, evitando fadiga das carcaças.
Outro ponto é que os pneus reformados precisam atender as normas de fiscalização do INMETRO, para não apresentarem riscos ao condutor. A maioria dos pneus que apresentam anomalias antes de sua retirada do veículo tem como diagnósticos de defeitos ocasionados junto a carcaças, como pneus fatigados, baixa pressão por falta de checagem pelo condutor, dentre outras razões.
As reformas diminuem a vida útil do pneu reformado?
Uma dúvida que ainda permanece na mente dos motoristas é se a cada reforma executada a vida útil do pneu diminui. O especialista da NSA Pneutec esclarece que, por conta da qualidade da banda de rodagem, um pneu reformado pode render até mais do que um pneu novo.
“Alguns pneus novos apresentam desempenho na vida zero menor que a vida R1 (recapagem de 1ª vida). Esse fator se explica pela qualidade da banda de rodagem ou processos do reformador. A redução do desempenho está muito relacionada à qualidade da carcaça e aos cuidados que o frotista tem com a manutenção de seus pneus”, explica.
Em relação a quantidade de reformas que podem ser realizadas, Giulio ressalta que esse número depende muito de cada operação, pois quando se trata de recapagem, por exemplo, é possível chegar até seis reformas.
“Cada vida de pneu tem uma durabilidade específica, e toda reforma sempre deve ser realizada junto a uma empresa especializada ou profissional que carregue credibilidade pela qualidade do trabalho”, finaliza Giulio.