Balanço das vendas da indústria de implementos rodoviário apresentado na quarta-feira, 6, pela Anfir, associação que reúne os fabricantes do segmento, registra queda 2,28% ao fim do primeiro semestre do ano. No período o mercado transportador absorveu pouco mais de 75 mil produtos ante 76,8 mil anotados no acumulado dos seis meses de um ano antes.
Com mais de 53% no total das vendas, os licenciamentos de reboques e semirreboques foram determinantes no resultado. De janeiro a junho, os emplacamentos dos implementos pesados somaram 40,2 mil unidades, volume 10,4% inferior em relação às 44,8 mil unidades negociadas no mesmo período do ano passado.
Em trajetória oposta, as entregas de carrocerias sobre chassi anotaram um crescimento de 9,1% com 34,8 mil produtos vendidos ante 31,9 mil unidades anotadas há um ano.
Apesar do resultado negativo nas vendas totais, a Anfir enxerga um comportamento comprador do mercado. Pelas contas da associação, os negócios do mês passado superaram a média mensal do semestre, de 12,5 mil implementos, ao apurar 13,1 mil unidades vendidas.
“São dois meses consecutivos de emplacamentos acima da média do período, o que pode indicar a formação de uma curva de crescimento”, avalia em nota José Carlos Spricigo, presidente da Anfir.
O dirigente ainda se mostra otimista em relação ao desempenho do segundo semestre. No horizonte do curto prazo tem a possível demanda por caminhões antes da mudança de fase do Proconve, em vigor a partir de janeiro, e a Fenatran 2022.
“Com esses dois fatores a indústria terá condições de minimizar as eventuais perdas e manter um patamar de unidades emplacadas semelhante ao do exercício anterior”, acredita Spricigo.
Para o ano, a Anfir estima entregar 165 mil implementos rodoviários. Caso a projeção se concretize, o volume representará um leve crescimento por volta 1% sobre as 163 mil unidades negociadas em 2021.