No #ABX22, Paulo Guedes defende etanol e diz que Brasil vai exportar para Japão e EUA

Ministro da Economia ainda criticou o IPI e disse que indústria brasileira não está em risco

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O Ministro da Economia, Paulo Guedes, encerrou de forma quase profética seu pronunciamento no #ABX22 – Automotive Business Experience, principal encontro de negócios do ecossistema automotivo e da mobilidade, realizado no São Paulo Expo nesta quinta-feira, 8.

Ao lado de algumas das principais lideranças da indústria automotiva brasileira, como Antonio Filosa, presidente da Stellantis para América do Sul, Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil e Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, Guedes afirmou no microfone que “esses caras vão exportar o flex para o Japão e Estados Unidos”.

Pouco antes o Ministro fez defesa enfática do etanol, afirmando que “ninguém vai do elétrico do dia para a noite” e que “a forma mais fácil e barata [para chegar à eletrificação] é passar pelo etanol”.

Paulo Guedes critica IPI

Durante sua apresentação no #ABX22 Paulo Guedes fez ainda severa crítica ao IPI, que, segundo ele, “deveria se chamar ICPI, Imposto Contra Produtos Industrializados, pois ele destrói a indústria brasileira. É um absurdo, a empresa nem começou a produzir ainda e já está devendo”. Assim como já fizera em outras oportunidades, o ministro afirmou que seu objetivo é zerar a alíquota deste imposto.

O titular da economia disse também que “a indústria brasileira não está e não estará em risco”, mas ao mesmo tempo afirmou que “o processo de reindustrialização tem duas alavancas: a reorganização das cadeias globais de produção e o custo da energia”.

Sobre a primeira alavanca, Guedes disse que “o Brasil está em um momento decisivo. A pandemia e a Guerra da Ucrânia desorganizaram as cadeias, e o mundo nunca mais será o mesmo. Haverá uma reconfiguração”. Este novo momento, de acordo com o ministro, trará “novos requisitos para investimento: um deles é a questão logística, ninguém mais quer investir longe, ficar vulnerável, deixar 70% da produção de componentes em Taiwan, por exemplo”.

E o outro requisito, disse ele, é “ser um país amigo, e o Brasil é um. Por isso temos uma oportunidade histórica de emergir como país de grandes recursos que somos, uma potência energética, verde, ambiental e alimentar”.

Energia barata, impostos altos

Quanto ao segundo tema, a energia, Guedes afirmou que o Brasil tem “a energia mais barata do mundo, tirando os impostos”. Acrescentou que o país vai passar de “uma economia cinza para verde” e assim produzir energia barata, citando exemplos de geração eólica e solar.

Na sua apresentação no #ABX22 o ministro da Economia fez também um resumo bastante positivo da situação econômica brasileira. Afirmou que “enquanto o mundo está em turbulência, e vai piorar, o Brasil está bem e forte. A América Latina está desmanchando e os Estados Unidos estão em recessão”.

Ainda de acordo com Guedes, as projeções econômicas do Brasil estão sendo revisadas “com crescimento para cima e inflação para baixo”.

O ministro apresentou duas previsões durante sua participação no evento de Automotive Business: disse que o PIB fechará o ano em 3% e o desemprego em 8%.

Fonte: Automotive Business / Marcos Rozen

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