Em fevereiro, serviços criam mais de 48 mil postos de trabalho no Estado de São Paulo

Mês positivo também para o comércio, que encerra ciclo de retração com saldo positivo de quase 2 mil empregos celetistas

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Após estabilidade em janeiro, o mercado de trabalho do setor de serviços no Estado de São Paulo voltou a apresentar resultados significativos. Em fevereiro, foram criados 48.957 postos de trabalho, saldo de 329.508 admissões e 280.551 desligamentos. Atualmente, são 6,850 milhões de vínculos empregatícios ativos no setor.
 
Pelo segundo mês consecutivo, destaque para a divisão de serviços educacionais, que registrou 16.187 novos empregos celetistas, puxado pelo segmento de educações infantil e fundamental, que, juntas, criaram 11.492 vagas. Os dados são da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Dentre as outras divisões de serviços, destaque também para as atividades de alojamento e alimentação (7.748 vagas) e de administração pública, defesa e seguridade social (7.500 empregos). No ano, são mais de 52 mil empregos criados no setor de serviços paulistas, dos quais quase metade foi proveniente dos serviços educacionais (22.503 vagas).
 

 Comércio volta a contratar
Após dois meses de retração, motivada pela sazonalidade negativa ocasionada pela dispensa de trabalhadores contratados para as datas especiais de fim de ano, o mercado de trabalho celetista do comércio voltou a mostrar avanço, ao fechar o mês de fevereiro com saldo positivo de 1.964 vagas (117.240 admissões e 115.276 desligamentos).
 
De acordo com a FecomercioSP, o índice representa estabilidade ao levar em consideração o fato de que o setor conta com mais de 2,738 milhões de empregos com carteira assinada. O avanço foi puxado pelo comércio atacadista, que registrou saldo positivo de 2.512 empregos – setor impulsionado pelo atacado de animais vivos, alimentos para animais e matérias-primas agrícolas (297 vagas) –, e pela divisão do comércio e reparação de veículos (1.201 vagas), influenciada principalmente pelo comércio de peças e acessórios novos (503 vagas).
 
Por outro lado, o varejo amargou retração de 1.749 postos de trabalho. Só o segmento de hipermercados e supermercados fechou o segundo mês do ano com menos 1.309 empregos com carteira assinada. No bimestre, o comércio paulista registra saldo negativo de 15.867 vagas, muito influenciado por sua divisão varejista, que sofreu a extinção de 20.637 vínculos empregatícios.
 
Segundo a FecomercioSP, a tendência para março é que o setor de serviços volte a apresentar índices relevantes, mas sem a forte influência das atividades educacionais. O comércio, por sua vez, deve voltar a crescer, ainda em patamar tímido.
 
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
 

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