Da Redação
No Brasil, o setor de fabricação de ônibus viveu um período de crescimento notável nos primeiros três meses de 2024, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Este trimestre viu um impressionante aumento de 61,6% na produção de chassis de ônibus e veículos coletivos completos em comparação com o mesmo período do ano anterior.
De janeiro a março deste ano, as montadoras brasileiras entregaram 6.490 novos ônibus, contra 4.105 unidades no primeiro trimestre de 2023. Entretanto, os números de licenciamento não seguiram o mesmo ritmo ascendente, registrando uma queda de 34% com 4.103 ônibus emplacados nos primeiros três meses de 2024, comparados aos 6.219 do ano passado.
Essa discrepância nos licenciamentos é atribuída à transição para a tecnologia de controle de emissões Euro 6, mais cara que a anterior Euro 5, o que levou muitos empresários a anteciparem a renovação de suas frotas para 2022. Além disso, o processo entre a encomenda e a finalização de um ônibus pode levar de três a seis meses, explicando o descompasso natural entre produção e licenciamento.
Espera-se que a significativa alta na produção se reflita nos números de licenciamento nos próximos meses, embora parte dessa produção seja destinada à exportação e, portanto, não incluída nos emplacamentos nacionais. No que diz respeito às exportações, o setor viu um aumento de 8,2%, de 808 unidades no primeiro trimestre de 2023 para 874 no mesmo período de 2024.
Quanto às marcas mais destacadas no mercado de licenciamentos, Mercedes-Benz, Volkswagen e Agrale (incluindo os miniônibus Volare da Marcopolo) lideram, apesar de variações significativas em suas vendas. A Mercedes-Benz liderou com 2.193 unidades, apesar de uma queda de 21,5%. Volkswagen e Agrale seguiram, com quedas de 54% e 35,9%, respectivamente. Por outro lado, Iveco e Scania experimentaram aumentos substanciais nas vendas, destacando-se no período.