Renault do Brasil: investimentos bilionários e foco em sustentabilidade

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Durante a recente conferência virtual da Anfavea, Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, destacou uma nova era para o setor automotivo, marcada por uma retomada significativa no acesso ao crédito, influenciando positivamente as vendas no varejo. Ele também ressaltou a importância do programa Mover, bem como o papel vital dos veículos de entrada no mercado.

Gondo compartilhou o otimismo renovado no setor, impulsionado principalmente pelo Mover, refletindo uma confiança restaurada no Brasil e no seu mercado automotivo. Ele anunciou que as montadoras já comprometeram mais de R$ 100 bilhões em investimentos abrangendo novos modelos de veículos, tecnologias de motores e avanços nos processos produtivos, além de significativos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Este cenário foi exemplificado pelo lançamento do Kardian pela Renault, um SUV que simboliza o início de um novo capítulo para a marca no Brasil.

A colaboração da Anfavea na criação do Mover foi elogiada por Gondo, que destacou a importância da previsibilidade que o programa traz para o setor: “O Mover posiciona o Brasil na liderança mundial, facilitando o planejamento. Estamos fortalecendo uma indústria automotiva nacional vibrante, inovadora e sustentável”.

Em relação aos veículos de entrada, essenciais para introduzir novos consumidores ao mercado de novos, Gondo defendeu sua relevância, apesar de seu declínio no mercado. Ele observou que a crise levou muitos consumidores a optar por seminovos, uma tendência que pode ser revertida com o aumento do acesso ao crédito. Citando o Renault Kwid como exemplo, ele reforçou a importância de manter carros mais acessíveis disponíveis para os consumidores.

Dados da Fenabrave indicam que a fatia de mercado dos veículos de entrada caiu de 9,78% no primeiro trimestre do ano anterior para 7,39%. A saída de modelos chave, como o VW Gol, marcou esta transição, enquanto a Renault continua a oferecer opções acessíveis como o Kwid, comparado a alternativas como o Polo Trasch da VW e o Fiat Mobi, ambos posicionados em categorias de preço superiores.

Gondo também apontou um aumento na participação dos financiamentos nas vendas da Renault, alcançando 60% em março, refletindo a tendência histórica de cerca de 70% no Brasil. Com juros mais baixos, houve um aumento na aprovação de crédito, impulsionando as vendas no varejo de automóveis e veículos comerciais leves em 16%, superando a média de crescimento do mercado de 11%.

A Renault mantém uma projeção otimista para o mercado de veículos leves, esperando alcançar um total de 2,3 milhões de unidades vendidas este ano, o que representaria um crescimento de 6% a 7% em relação a 2023.

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