Mercado brasileiro não emplacou nem um milhão de unidades ano passado e a previsão para este ano continua sendo de queda
Quem achou que a pandemia alavancaria a venda de carros e motos em 2020, para que o transporte público fosse evitado, se enganou. Uma pesquisa apontou uma queda nas vendas do mundo todo, que permanecerá ainda este ano.
O site italiano de economia Finaria fez uma pesquisa que mostrou que a receita global de vendas de motos teve queda de 18% em comparação a 2019. Neste ano o lucro foi de US$ 133,4 bilhões (R$ 708,2 bi), e em 2020 caiu para US$ 108,8 bi (R$ 577,6 bi). Foi uma perda de R$ 130 bi em 12 meses.
A previsão é de que a retomada comece em 2023. A Statista aponta que a receita anual de 2021 será por volta de US$ 3,2 menor do que o último ano. De acordo com a Fenabrave, o mercado de motos em 2020 teve queda de 15,04%, um pouco menor do que o percentual mundial.
Foram emplacados cerca de 915.502 veículos ante a 1.077.537 em 2019. Porém, a participação do segmento das motocicletas cresceu em 2,2% no acumulado geral, que conta com automóveis, comerciais leves, ônibus, caminhões e outros tipos de veículos.
A maior parte dos emplacamentos é da região sudeste e nordeste, que somam, juntas, dois terços de todas as unidades emplacadas no país. Tanto no Brasil quando lá fora, a marca líder é a Honda, com 77% do mercado de duas rodas no Brasil e 40% no mercado mundial, seguida por Yamaha que tem 15,5% de participação no mercado nacional e 12,9% no exterior. As motos mais vendidas no Brasil são: Honda CG 160, Honda Biz e Honda NXR160.