Cummins Brasil promove debate sobre equidade de gênero no setor automotivo durante a Fenatran 2024

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7 minutos de leitura
  • Lideranças femininas destacaram a necessidade de uma inclusão efetiva que ultrapasse o discurso
  • O painel enfatizou a importância de políticas inclusivas e ações concretas que transformam o ambiente corporativo para um futuro mais justo e inovador

 A Cummins Brasil promoveu um importante debate sobre equidade de gênero no setor automotivo, realizado durante a Fenatran 2024, o maior evento de transporte rodoviário da América Latina. O encontro, que aconteceu no último dia 07, no estande da Cummins, reuniu lideranças femininas de destaque para discutir os avanços, desafios e estratégias para promover um ambiente mais inclusivo e igualitário dentro da indústria automotiva.

Com o tema central “Equidade de Gênero no Setor Automotivo”, o painel foi mediado por Paula Braga, CEO da Automotive Business, contou com a presença de Helga Canelas, diretora de Compras e Co-líder do Women Empowerment Network (WEN) na Cummins, Ana Cristina, diretora de Compras da DAF, Patrícia Acioli, diretora de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Scania e Leticia Santos, supervisora de P&C e Business Partner de Diversidade & Inclusão na Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), além do presidente da Cummins Brasil, Adriano Rishi.

Ao abrir o debate, Rishi enfatizou a importância de um crescimento responsável e a necessidade de avançar nas pautas ESG, com especial atenção para a diversidade. “Para crescermos nossos negócios, precisamos agir com responsabilidade e promover um ambiente verdadeiramente inclusivo. A diversidade não é apenas um valor, mas uma estratégia essencial para nosso futuro”, afirmou Rishi, reforçando o compromisso da Cummins em liderar por meio de ações que promovam igualdade e inovação no setor automotivo.

Os principais resultados da “Pesquisa Diversidade no Setor Automotivo”, realizada pela plataforma de conteúdo Automotive Business, foram apresentados aos convidados. Paula Braga destacou dados importantes sobre a participação feminina e as disparidades de gênero no setor.

“Desde 2017, a presença de mulheres no setor automotivo permanece estagnada em cerca de 25%, apesar dos esforços de várias empresas para promover a inclusão e implementar programas de atração e retenção de talentos femininos. Além disso, o nosso estudo revela uma desigualdade acentuada em cargos de liderança: apenas 0,6% das mulheres empregadas no setor ocupam posições de comando. A pesquisa também apontou uma evolução na redução da disparidade salarial, que caiu de quase 50% em 2021 para 9,5% em 2023. Embora ainda existam diferenças, essa redução representa um avanço importante na busca pela equidade salarial no setor automotivo”, reforçou Braga.

Durante o bate-papo, as painelistas compartilharam suas experiências pessoais e profissionais, ressaltando as dificuldades ainda enfrentadas em um setor historicamente dominado por homens. A discussão abordou a limitação na representatividade feminina em cargos de liderança e as barreiras que persistem, como a disparidade salarial, a escassez de oportunidades de crescimento e o papel fundamental das redes de apoio para mulheres no ambiente de trabalho. As participantes enfatizaram que as políticas de inclusão precisam ir além do discurso, transformando-se em ações concretas e estruturais para promover mudanças duradouras dentro das empresas e criar um ambiente realmente inclusivo.

A diretora de Compras da Cummins enfatizou o papel crucial de iniciativas internas, como o Women Empowerment Network (WEN), que busca atrair, desenvolver e reter mulheres, criando um ambiente onde elas possam crescer profissionalmente. “Mais do que falar sobre inclusão, é essencial agirmos. Precisamos criar ambientes que não apenas acolham, mas que valorizem e incentivem o crescimento das mulheres”.

Patrícia Acioli, da Scania, trouxe insights sobre como a diversidade e a inclusão são fundamentais para a sustentabilidade e inovação nas empresas. Ela enfatizou que a Scania tem investido em programas de mentoria e desenvolvimento de mulheres para criar um pipeline mais robusto de lideranças femininas. “Cada ação conta, mas ainda há um caminho a percorrer. A transformação acontece quando abordamos a inclusão com autenticidade, sem maquiar os desafios, mas enfrentando-os de frente”, reforçou.

Ao discutir as iniciativas de inclusão, Ana Cristina trouxe exemplos práticos de como a DAF tem trabalhado para criar um ambiente corporativo que valorize a diversidade. Ela ressaltou que uma abordagem prática e objetiva é essencial para alcançar resultados significativos. “A mudança começa quando reconhecemos que as mulheres têm um papel essencial no desenvolvimento da indústria, especialmente na inovação. Nosso compromisso é oferecer oportunidades e recursos para que elas possam prosperar”, afirmou a diretora de Compras.

Para Leticia Santos, da VWCO, a diversidade é uma vantagem competitiva essencial em um setor tão dinâmico e inovador como o automotivo. “Mais vozes trazem mais perspectivas e é de extrema importância um ambiente onde todos possam desenvolver seu potencial. Nossa missão é criar um setor automotivo onde homens e mulheres possam crescer ao máximo, contribuindo para um futuro mais inovador e justo”, disse a supervisora de P&C.

O evento foi uma oportunidade para celebrar as conquistas, reconhecer os desafios que ainda precisam ser superados e, sobretudo, reafirmar o compromisso com a construção de um setor automotivo mais inclusivo. A discussão ressaltou que a equidade de gênero não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia de negócios essencial para a inovação e o crescimento sustentável das empresas. Com o apoio da Cummins e integrado ao movimento #MulheresnaFenatran2024, o encontro destacou a importância da inclusão como um pilar fundamental para o futuro da indústria automotiva.

Fonte: Texto Final

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