BNDES pode se basear no Pronampe para disponibilizar crédito a micros e pequenas empresas, argumenta FecomercioSP

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Entidade vai pleitear recursos do banco em reunião nesta sexta-feira (7); sem ajuda, varejo paulista já perdeu 60 mil empresas em 2020


A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) vai pleitear mais recursos para micros e pequenas empresas, em uma reunião na sexta-feira (7) com membros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também vai solicitar que a instituição disponibilize linhas de crédito com taxas, carências e parcelamentos condizentes com a situação delicada que as empresas vivem no contexto atual, que podem seguir o modelo do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Os pleitos da Entidade já são de conhecimento do banco desde a semana passada – quando um ofício foi enviado ao presidente, Gustavo Montezano.

No entendimento da FecomercioSP, o cenário turbulento que o País atravessa há alguns meses, com as incertezas da economia e o recrudescimento da crise de covid-19, faz com que seja imprescindível que o Poder Público adote medidas de proteção às micro e pequenas empresas, em especial àquelas que são de setores considerados não essenciais e que, assim, tiveram suas atividades restringidas nas últimas semanas. Nesse sentido, o crédito emergencial é o mecanismo mais eficaz para preservar empregos e incentivar a retomada econômica.

O contexto de agora, sem esse aporte, é de perdas significativas. Pesquisa da FecomercioSP indica que o varejo do Estado de São Paulo perdeu cerca de 60 mil empresas ao longo do ano passado: em um contexto de normalidade, o setor teria 410 mil empresas, mas fechou 2020 na marca de 350 mil – uma redução de 14%. O número representa, principalmente, aumento do desemprego no Estado: com menos agentes no mercado, o volume de pessoal ocupado caiu cerca de 16%, indo de 2,5 milhões de postos ativos de trabalho para 2,1 milhões.

Na reunião, o presidente da Federação irá reforçar o pedido de que, como forma de alcançar as micros e pequenas empresas paulistas que mais necessitam de apoio, o BNDES disponibilize os recursos por meio do Desenvolve SP, a principal agência púbica de fomento do Estado. Além disso, a Entidade sugere que o modelo das linhas de crédito se inspire no Pronampe, criado em maio do ano passado para que o governo federal ajude justamente esse tipo de negócio.

Em 2020, o dinheiro disponibilizado pelo governo federal – além das taxas, carências, tipos de parcelamento e prazos oferecidos a micros e pequenas empresas – foi fundamental para evitar uma crise ainda maior entre as empresas de menor porte. Não à toa, a FecomercioSP tem pleiteado, em paralelo, que o programa se torne permanente, e não apenas uma medida pontual no contexto da pandemia.

Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

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