Sim, os carros voadores já existem. A startup Lilium é vista como uma das desenvolvedoras mais promissoras do futuro “carro voador”. E empresas brasileiras, como a Embraer e Azul, resolveram entrar de cabeça na disputa pelo desenvolvimento destes veículos. Essa corrida esbarra na falta de regras para sua circulação.
As companhias dizem que em quatro ou cinco anos eles estarão prontos para decolar. São mais de 140 projetos desse tipo no mundo. A vantagem é de quem tem maior expertise na regulação de aviões junto às maiores agências do mundo, a Administração Federal de Aviação (FAA), dos EUA, e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa), as mais adiantadas nessa área. Para especialistas, a regulamentação que será feita para a entrada em operação desses veículos deve favorecer as empresas com projetos mais avançados. Ou seja, quem chega agora já está em desvantagem.
A companhia aérea Azul em parceria com a fabricante alemã Lilium quer trazer ao país 220 “carros voadores” por até US$ 1 bilhão. O modelo é considerado um dos mais promissores do mundo, segundo James Waterhouse, professor de engenharia aeronáutica da USP que estuda o mercado: tem autonomia de cerca de 200km, o dobro da maioria dos possíveis concorrentes, que opera distâncias menores, de até 100km.
Os acordos com companhias aéreas têm sido estratégicos para fabricantes com protótipos mais avançados para ganhar mercado e, ao mesmo tempo, atrair aliados nos processos de certificação de seus modelos. O diretor de Relações Institucionais da Azul, Fábio Campos, afirma que a expertise da aérea com certificação de aeronaves pode auxiliar a Lilium a colocar mais rapidamente no mercado seu modelo para seis passageiros. A empresa está em contato com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre como será o processo no Brasil.
Os tão aguardados “carros voadores do futuro” estão chegando.