Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.

Pix é integrado a lojas virtuais e apps de delivery

Mudança, que deixa os pagamentos mais rápidos e seguros, começa a valer nesta sexta-feira (29)

3 minutos de leitura

A terceira fase do Open Banking, que começa hoje, mudará a forma como as pessoas fazem pagamentos com o Pix. Agora a ferramenta será integrada a aplicativos e site de lojas virtuais e de redes sociais. “Com isso, o usuário não vai mais precisar fotografar o QR Code ou entrar no app do banco para finalizar um pagamento, deixando o Pix mais seguro e ainda mais rápido”, explica o diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira.

Na prática, será possível pagar pedidos de aplicativos de delivery, por exemplo, autorizando o app a ter acesso aos seus dados e informando sua chave de segurança. “Para isso, os usuários têm que autorizar que suas informações sejam compartilhadas e fiquem salvas no site da empresa de forma segura, agilizando ainda mais o processo”, acrescenta o diretor.

A própria plataforma de comércio eletrônico vai acionar o seu banco para efetuar o pagamento e realizar o débito. Assim como ocorre com o pagamento por cartão de crédito, o banco irá notificar o consumidor sobre a cobrança.

O Banco Central acredita que a nova forma de realizar pagamentos vai se tornar uma alternativa ao cartão de crédito, ainda mais após a implantação do Pix parcelado, previsto para entrar em vigor em meados de 2022. “Essa nova mudança é pequena, mas traz uma modernização no nosso sistema financeiro. As pessoas poderão realizar suas transações por Pix de forma segura, mas com ainda mais rapidez e por um só local”, pontua Pereira.


Não será mais preciso acessar o app do banco para finalizar
um pagamento via Pix (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Segurança
O Banco Central do Brasil garante que o novo sistema de pagamentos será seguro e afirma que as instituições participantes devem obedecer a uma série de regras estabelecidas por ele e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

As diretrizes envolvem responsabilidades pelo compartilhamento e características obrigatórias do procedimento, que será totalmente supervisionado. “Quando uma instituição atende aos requisitos ela recebe um certificado digital. Somente duas empresas com este selo é que poderão compartilhar os dados dos clientes que autorizarem”, explicou o diretor financeiro do Popibank.

O especialista alerta, no entanto, que é preciso estar atento ao pedido de consentimento que será feito antes do compartilhamento de dados. “Verifique quem irá receber os dados, para qual finalidade e por qual prazo. Essa autorização você terá que fazer diretamente pelo aplicativo oficial da instituição ou do e-commerce. Não será por e-mail, SMS ou telefone”, completa.


Marcelo Pereira é diretor financeiro do Popibank e
especialista em economia, banco digital e fintechs

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