A pandemia do Covid-19 foi uma das grandes influências para a popularização do comércio por meios digitais, isso é um fato. Com as festas de fim de ano, o consumidor poderá contar mais uma vez com a tecnologia como sua aliada, inclusive, para priorizar suas entregas, sejam elas de presentes ou mercadorias que compõem o Natal.
As pessoas se acostumaram a comprar online. O e-commerce que antes era muito focado em praticidade, tornou-se uma necessidade em épocas de isolamento social.
Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) mostra que 92% dos entrevistados já realizaram pelo menos uma compra online durante a quarentena — 8% destes estrearam na modalidade com a pandemia. Em questões de economia versus oportunidade, atualmente, há inúmeros sites e aplicativos que podem te ajudar a organizar suas finanças, planejar sua lista de presentes para o Natal, e ainda encontrar as melhores oportunidades, como cashback e cupons de descontos, bastante populares nas redes varejistas e campanhas promocionais.
Mas com uma expectativa tão grande de compras, como serão as entregas? O que será que os consumidores priorizam? Tempo ou custo? A logística do comércio eletrônico envolve um nível além de complexidade devido à singularidade de cada pedido. Enviar produtos diferentes à diversos destinos, requer rotas independentes que devem ser organizadas e otimizadas ao máximo pela equipe de entrega. Grandes centros de distribuição precisam contar com uma gama de distribuidores menores, que farão o caminho urbano até as casas dos consumidores. É nesse quesito que a tecnologia funciona como um fator essencial para o sucesso do e-commerce, dando ao cliente a chance de priorizar tempo ou custo.
Entre as opções disponíveis atualmente, provavelmente as mais rápidas e conhecidas são as entregas de moto. Mas muito em breve esse cenário pode mudar com a mobilidade área. A ideia de termos carros voadores não é mais coisas dos Jetsons. De acordo com uma pesquisa sobre o interesse da mobilidade área avançada (Advanced Air Mobility – AAM), que inclui transporte de carga e de pessoas, realizada pelo Mckinsey em junho de 2021, os investimentos
divulgados passaram de US $ 8 bilhões no final do primeiro trimestre do mesmo ano.
Mas ainda que o consumidor possa escolher entre tempo x custo no delivery, o preço precisa ser competitivo e atraente para que os drones de carga substituíam de vez as outras modalidades. Entre os consumidores da China, Brasil, Alemanha, Índia, Polônia e Estados Unidos os mais interessados em adotar de fato a entrega pelos ares priorizando a velocidade, sem trocadilhos, é a China com 43% dos entrevistados, em comparação a 26% de pessoas que selecionariam o serviço por preço. Ainda, 74% dos chineses revelaram também que pagariam mais ainda para que a entrega acontecesse em menos de duas horas, bem como os indianos com 76% dos entrevistados. Enquanto os americanos e alemães não demonstraram tamanha preocupação com a urgência.
Já vemos a modalidade pelo mundo, como exemplo, a startup Wing, que é parte do grupo Google (Alphabet), e está cada vez mais avançando neste quesito, cobrindo áreas maiores dos Estados Unidos. A startup Flytrex já realiza entregas para grandes marcas como Starbucks, McDonalds e Walmart. E a moda pega, Natura e Avon, ambas empresas brasileiras, estão a todo vapor com testes, ainda internos, para entregas de produtos via drone.
Sabemos que produtos de conveniência, como pequenos eletrônicos e comida, bem como os remédios podem ser os primeiros campeões de entrega, quando o serviço aportar de vez no Brasil. Inclusive, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o início dessas atividades para uma empresa e está em fase e testes. Mas algumas questões que vão além dos valores se mantem, tais como segurança, confiabilidade e até privacidade.
Legal um drone ou um veículo elétrico autônomo vir te fazer uma entrega, mas as imagens da sua privacidade também estarão todas lá, junto com suas informações, que convenhamos, atualmente é o novo petróleo, portanto, quanto e o que estaríamos economizando?
É preciso, assim como aproveitar os preços reduzidos do e-commerce para o Natal, entender as vantagens e desvantagens desse futuro das entregas.