Pulso do Aftermarket: mercado mantém estabilidade em janeiro

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O principal indicador de desempenho do aftermarket aponta que as três primeiras semanas de 2021 foram positivas para a reparação, agora é acompanhar as informações da CINAU que se tornaram estratégicas para os gestores de negócios na reposição

“Informação é a base dos negócios sustentáveis” com esta frase o fundador do Grupo Oficina Brasil e CINAU, Cassio Hervé, resumiu o foco e missão que inspirou a criação do PULSO DO AFTERMARKET.

Lembrando do cenário recente no início desta pandemia simplesmente não havia perspectivas para qualquer atividade econômica. Consequência disso:  pânico generalizado nos mercado (só a bolsa brasileira de ações enfrentou sucessivos “circuit brakers” e despencou mais de 40 pontos).

No momento da eclosão da crise em meados de março de 2020, com o ambiente de caos instalado ninguém podia prever o que iria acontecer com a economia em nosso Brasil, sem incluir no cenário de terror o impacto na saúde, sofrimento e morte de pessoas.

Perspectivas? A maioria catastróficas. Porém nestas horas é fundamental tentar manter a calma, pois a insegurança e o consequente medo tolhem nossa capacidade de raciocinar.

“Ao longo dos 30 anos de atividades no Grupo Oficina Brasil já vivenciamos inúmeras crises, mas esta parecia ser a mais aterradora de todas”, explica Cassio Hervé. “Passado o susto inicial e inspirados pelo “DNA” de nossa empresa procuramos focar em informações, pois não há antídoto melhor contra o medo do que dados&fatos, assim tratamos de acionar nossa CINAU, a unidade de pesquisa e BI (Business Intelligence) do Grupo criada em 1999)” completa.

Reunida para rodadas de reflexões sobre caminhos a trilhar neste ambiente de desorientação geral, a equipe da CINAU concluiu que assim como fazem os médicos era o momento de buscar os sinais “vitais” deste organismo chamado aftermarket automotivo.

Ainda com a analogia médica, um dos marcadores básicos das condições de um paciente é o pulso e chegamos à conclusão que este sinal vital deveria ser medido no “coração” do corpo do mercado de reposição, ou seja a oficina mecânica.

Não temos dúvidas de que a força vital, que sustenta toda cadeia de aftermarket automotivo independente de linha leve e comercial leve, nasce na oficina mecânica.

Assim, se a oficina está saudável, os agentes comerciais estão faturando e as indústrias vendendo seus produtos.

Para satisfação da equipe da CINAU em  Maio / 2020, era publicado o primeiro relatório do PULSO DO AFTERMARKET. Ele começou a ser dirigido semanalmente aos assinantes da ferramenta e mensalmente replicado nas matérias de “mercado” da mala-direta Oficina Brasil.

Víamos neste mecanismo, ainda em nossa analogia “médica”, o principal monitor do aftermarket na UTI, afinal em mais de 30 anos de atividades nunca presenciamos um movimento tão fraco nas oficinas.

Esta debilidade se estendia cadeia acima, promovendo perdas e muita incerteza nas lojas, distribuidores, concessionárias e fabricantes.

Porém, poucas semanas depois de atingir o fundo do poço com a queda de 72% nosso PULSO começou a reagir.

As oficinas não ficaram paradas e foram atrás de serviços, introduziram os sistemas de leva e traz, fizeram malabarismo para contornar a inadimplência, alinharam-se com fornecedores na questão do crédito, enfim todo um movimento corajoso e coordenado para superar a crise.

Estas ações comprovaram a garra empreendedora dos donos de oficinas, a parceria com fornecedores, que somadas ao comportamento do dono do carro, que passou a utilizar mais seu carro e buscar serviços formaram o ciclo virtuoso para reverter o quadro de queda nos serviços.

O mais inédito disso tudo é que os executivos e donos de negócios em todos os elos da cadeia da reposição que passaram a acompanhar o PULSO DO AFTERMARKET foram os primeiros a perceber, que mais uma vez o resiliente aftermarket estava reagindo de forma consistente a esta crise brutal.

Quando o movimento de ascensão começou a esboçar uma clara recuperação em “V” ficou evidente que o aftermarket iria, mais uma vez, superar a crise.

Além da confirmação da recuperação em “V” a velocidade do movimento de retomada foi mostrada e em primeira mão para os que acompanhavam o PULSO DO AFTERMARKET, uma vez que por volta de outubro de 2020 divulgamos em nossos boletins que “corríamos o risco” de que o ano fecharia com um movimento maior do que em 2019.

Sem dúvidas uma previsão arrojada, de fato inacreditável, que só poderia ser feita por um mecanismo muito preciso de avaliação de mercado e que se concretizou no último dia útil de 2019 quando o PULSO DO AFTERMARKET registrou um crescimento de 0,35% na comparação do “ano da pandemia” com 2019.

O fantasma do desabastecimento

Na edição passada do OFICINA BRASIL neste mesmo espaço de “mercado” referimos a grande preocupação em relação a um possível desabastecimento de autopeças, que poderia interromper este círculo virtuoso vivido pelo mercado de reposição.

É do conhecimento de todos na cadeia do mercado de reposição a percepção de falta de produtos por inúmeros motivos que vão da falta de insumos para as fábricas, passando por embalagens, etc…

Assim o assunto falta de peças ganhou extrema relevância nos últimos meses, neste sentido ao fecharmos esta edição dispomos com dados do PULSO DO AFTERMARKET das três primeiras semanas de janeiro de 2020, fica evidente que o movimento das oficinas está dentro da média histórica, portanto, janeiro começou bem em termos “quantitativos”.

Mas o tal do desabastecimento está acontecendo? a percepção de falta de peças recrudesceu?

Quem acompanha o trabalho da CINAU sabe que juntamente com os indicadores do PULSO DO AFTERMARKET a empresa de inteligência de mercado do Grupo Oficina Brasil também realiza quinzenalmente levantamentos sobre percepção “geral” dos reparados, quando ouve em média 800 oficinas em todo o território nacional.

Em nossa interpretação sobre os dados colhidos entre os dias três e quatro de fevereiro o entendimento que chegamos é que não há um desabastecimento de autopeças. O mercado está sim vivenciando falta de peças para 64% das entrevistas, um número ligeiramente mais alto do que na última survey (59%). Esta situação gera problemas para as oficinas e os donos de carros, pois há um percentual de serviços que deixam de ser realizados por falta de peças, mas como este percentual não chega a 5% não se pode caracterizar um desabastecimento.

Tomamos como parâmetro o ano de 2009 (reflexo da crise de 2008) quando a percepção de falta de peças bateu 82% entre as oficinas e mais de 10% dos serviços não podiam ser feitos em tempo razoável, por falta de componentes.

Diante destes dados do último levantamento podemos concluir que o mercado de reposição estreou 2021 de pé direito.

Para saber se o mercado vai continuar oferecendo boas oportunidades de crescimento para seus negócios na reposição é só acompanhar o PULSO DO AFTERMARKET.

Resultados

Os leitores já estão acostumados com nossos gráficos e podem tirar suas conclusões das condições do mercado pela própria interpretação dos dados apresentados, pois eles praticamente falam por si.

O que fica evidente que dirigir uma empresa voltada ao mercado de reposição torna-se uma tarefa mais fácil e segura quando dispomos de dados.

Assim, aproveite este “painel de controle” das atividades do hotspot do mercado de reposição: a oficina mecânica.

Caso sinta falta de mais informações, não hesite e entre em contato com a CINAU, pois dispomos de ferramentas para mapear todo o processo de nascimento da demanda.

Fonte: CINAU

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