ANFAVEA comemora recorde de investimentos no setor automotivo

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A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) iniciou sua coletiva mensal de imprensa com a participação do Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Em pauta, os recentes anúncios de grandes investimentos de empresas do setor. São aportes que já somam quase R$ 100 bilhões no atual ciclo. Esse valor, que deve crescer em breve com novos anúncios, leva em conta investimentos em curso de montadoras instaladas no país, de novos entrantes e do setor de autopeças.
Alckmin destacou realizações do governo federal, com apoio do Congresso Nacional, que garantiram maior previsibilidade ao setor produtivo e credibilidade para investimentos, além da estabilidade econômica, com crescimento em curso. “Temos tudo para crescer ainda mais, por isso contamos com a longa cadeia automotiva para bater essa marca de R$ 100 bilhões de investimentos em fábricas, produtos, tecnologia e P&D até o fim da década, gerando empregos e renda para o país”, afirmou o Vice-Presidente da República. Encerrando sua fala, ele ressaltou a importância de o Brasil sediar um novo evento automotivo em substituição Salão do Automóvel, como forma de retratar toda essa evolução pela qual vem passando a indústria automotiva e a mobilidade.
Em resposta, o Presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite, garantiu que a entidade fará o que estiver a seu alcance para que este recorde de investimentos se concretize, e também para a realização de um novo evento automotivo em São Paulo, ainda este ano, focado em tecnologia de ponta, sustentabilidade, conhecimento e experimentação para o público.
Na visão do dirigente, todos esses movimentos recentes das montadoras confirmam a atratividade e vocação do Brasil como polo produtor e exportador dos mais variados tipos de autoveículos, máquinas autopropulsadas e componentes, além de tecnologias e soluções inovadoras.
“Além de credibilidade, segurança e crescimento econômico, é preciso previsibilidade para a atração de investimentos. E isso acaba de ser assegurado com a publicação do programa MOVER e com a recomposição do Imposto de Importação para modelos elétricos e
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híbridos. O MOVER traz uma política inteligente de incentivos à produção e P&D em solo brasileiro, com foco na descarbonização. A tudo isso se soma uma forte demanda reprimida no mercado brasileiro, que ainda tem um baixo índice de motorização per capta em reação a outros países”, afirmou Márcio de Lima Leite.
Janeiro fecha com mercado em alta e produção estável
O primeiro mês do ano começou com alta de 13,1% nas vendas, na comparação com janeiro de 2023. Os emplacamentos foram de 162 mil unidades, com média diária de 7,6 mil unidades, ante 6,5 mil de um ano atrás. A elevação foi impulsionada pelos automóveis e comerciais leves, com destaque para modelos importados, que tiveram 19,5% de participação, a maior em 10 anos. Também chamou atenção o recorde de participação de modelos híbridos e elétricos, com 7,9% de todos os autoveículos licenciados em janeiro.
Já os veículos pesados destoaram dessa onda de crescimento, com uma queda de 21,4% para caminhões e de 32,1% para ônibus. O motivo é que esses modelos tiveram forte ritmo de emplacamento em janeiro de 2023, em função dos estoques nas redes de modelos produzidos em 2022, ainda com tecnologia anterior à mudança da fase do Proconve, portanto mais acessíveis.
As exportações de autoveículos iniciaram 2024 em ritmo muito tímido, com 18,8 mil unidades embarcadas. É o pior resultado mensal desde o auge da pandemia, com retração em todos os mercados vizinhos, à exceção do Uruguai.
Com essa combinação de alta no mercado interno, elevação das importações e queda nas exportações, a produção de 152,5 mil unidades se manteve no patamar de janeiro de 2023.

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