A Anfavea solicitou ao governo federal o aumento imediato do Imposto de Importação de automóveis elétricos e híbridos para 35%, juntamente com o estabelecimento de uma cota de importação linear por empresa, fixada em uma média anual de 4.800 veículos eletrificados.
O pedido foi formalizado em carta dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros Geraldo Alckmin (MDIC), Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), datada de 21 de junho. A AutoIndústria teve acesso ao teor da carta por meio de uma fonte próxima ao MDIC.
Atualmente, o sistema de cotas para a importação de veículos elétricos e híbridos sem taxa de importação, definido no final do ano passado, considera as vendas realizadas entre janeiro e novembro de 2023. As cotas são maiores para empresas que importaram e emplacaram mais veículos eletrificados no período. No entanto, a Anfavea propõe um volume máximo independente dos emplacamentos por marca.
Crescimento dos veículos chineses
A carta também destaca o crescimento de 500% na venda de veículos importados chineses no Brasil este ano, alertando que esse aumento pode comprometer os R$ 130 bilhões em investimentos anunciados pelas montadoras em novas tecnologias e inovações fabris, além de afetar empregos e a renda dos trabalhadores.
“Nesse sentido, solicitamos o aumento imediato do Imposto de Importação para 35% para todos os veículos, juntamente com o estabelecimento de uma cota de importação linear por empresa, fixada em uma média anual de 4.800 veículos eletrificados, e que detenham ato de registro de Compromisso em conformidade com o Programa Mover”, afirma o documento assinado pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, e pelo diretor executivo, Igor Calvet.
A Anfavea argumenta que a atual política de aumento gradual do Imposto de Importação e distribuição de cotas não conseguiu equilibrar a produção nacional com as importações. A entidade também menciona que o cenário global agrava o desequilíbrio concorrencial, citando que Estados Unidos e União Europeia aplicam tarifas de importação de 100% e 38%, respectivamente.
Além da carta, os dirigentes da Anfavea se reuniram com o ministro Geraldo Alckmin em 23 de junho para apresentar dados detalhados sobre o aumento das importações e seus possíveis impactos negativos para o Brasi