Bike: a mobilidade e segurança andam juntas

Construir uma cidade pensando em facilidades, menos trânsito e mais ocupação é promover habitantes felizes e conscientes. No Dia Nacional do Ciclista, especialista fala sobre como as tecnologias podem tornar esse meio de locomoção ideal e seguro

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Estudos da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) apontam que 13.718 ciclistas morreram nos últimos 10 anos no Brasil e, dessas mortes, 60% foram motivadas por atropelamento. Ainda, aos cofres públicos, acidentes para tratar de ciclista traumatizados em colisão com motocicletas, automóveis, ônibus, caminhões e outros veículos de transporte, geraram um custo de 15 milhões por ano ao Sistema Único de Saúde (SUS)..

Todos os dias, milhares de ciclistas pedalam pelos 681 quilômetros de malha cicloviária, disponíveis na cidade de São Paulo, por exemplo. Trata-se da maior extensão disponível no país, mas esta não é uma regra. Se contabilizarmos que o Brasil possua uma frota estimada em mais de 33 milhões de bicicletas, e boa parte delas não utilizam as ciclofaixas, por falta de acesso ou infraestrutura, a conta de acidentes fica clara.

Mas a questão é cada vez mais vermos que essa é a nova realidade, também no mundo dos negócios com o Bikesharing. Grandes centros econômicos da maior metrópole do país ganham vida com as “magrelas” andando por aí. Dá até aquela sensação de liberdade. Mas segundo o especialista em prevenção de acidentes e CEO da Pointer by PowerFleet Brasil, Daniel Schnaider, “precisamos gerar segurança para que essa nova era aconteça e a Internet das Coisas (IoT) está presente no mundo para isso”.

Em uma perspectiva geral, o especialista mostra alguns passos para que o país fique amigo do meio ambiente e faça das bicicletas um estilo de vida seguro e viável.

– Tecnologia: Como os dados mostram, o maior vilão da bicicleta tem sido os veículos e seus motoristas, afinal os ciclistas não têm uma redoma que os protegem. Por isso, as ações devem ser voltadas aos carros também, e para isso, existe a IoT. Com dispositivos acoplados nos automóveis, como câmeras, nunca mais cenários como o do ciclista David, que teve seu braço arrancado na Avenida Paulista e o motorista fugiu, aconteceriam impunes. Dias de perícia para concluir o caso. Com o uso das câmeras, é possível entregar às autoridades exatamente o que aconteceu e verificar se aquele automóvel se envolveu em um acidente. E caso o motorista que cometeu o crime não possua a tecnologia, outros ao redor poderiam ter para filmar tudo.

É assim que acontece em acidentes com veículos que possuem a tecnologia. As câmeras voltadas para o exterior e interior são capazes de entregar imagens de minutos antes do acidente para que se saiba exatamente o que ocorreu.

Ainda, pode gerar alertas de aproximação de pessoas ou mesmo mudança de faixa, evitando que o condutor invada o espaço dos ciclistas. Com certeza, isso proporcionará segurança nas vias para quem está trabalhando ou apenas passeando com suas bicicletas.  

– Malha de ciclovia: precisamos repensar na forma com que elas são construídas; não basta abrir um espaço, pintar e aprovar. As ciclofaixas devem ser projetadas pensando em segurança. Deve ser um espaço destinado aos ciclistas, com distancia suficiente que os assegurem, caso quedas aconteçam, e com sinalização apropriada, intercalando com pedestres e motoristas. Também com o uso de tecnologias é possível compreender o padrão daqueles que utilizam as vias para manter o convívio de mobilidade otimizado.

– Educação: reforçar a educação quanto a existência dessa parte da população nas aulas nos Centros de Formação dos Condutores (CFC) e ainda reforçar políticas públicas, através de campanhas, para que os ciclistas entendam a dinâmica do trânsito e não coloquem suas próprias vidas em risco.

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