Comércio varejista registra o melhor resultado para janeiro desde 2008

Setor cresceu 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado

7 minutos de leitura

Em janeiro, o varejo paulista apontou alta de 5,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado é o melhor para o mês desde 2008. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O faturamento do setor atingiu R$ 79,7 bilhões, volume R$ 4,2 bilhões maior do em janeiro de 2021, e R$ 6,6 bilhões acima do total apurado no mesmo mês de 2020 – o último pré-pandemia.
 
Das nove atividades pesquisadas, seis mostraram aumento no faturamento real. O destaque ficou por conta das lojas de vestuário, tecidos e calçados (25,3%). Na sequência, vieram os setores de outras atividades (19,4%), autopeças e acessórios (15%), farmácias e perfumarias (10,3%), materiais de construção (6,8%) e lojas de móveis e decoração (4,6%). No conjunto, esses índices contribuíram positivamente com 7,2 pontos porcentuais (p.p). As retrações foram observadas nos grupos de concessionárias de veículos (-3,7%), lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-3,4%) e supermercados (-3%), resultando numa pressão negativa de 1,7 p.p.
 
Com a alta em janeiro, o varejo paulista registrou a 20ª taxa positiva de aumento nas vendas. Na avaliação da FecomercioSP, o setor passa por um evidente ciclo de recuperação dos fortes impactos causados pela pandemia, principalmente no primeiro semestre de 2020. Outro fator positivo é que o desempenho entre os segmentos já está convergindo para o padrão histórico, com os setores mais impactados recuperando a participação no conjunto varejista. É o que ocorre, por exemplo, com as lojas de vestuário. No sentido inverso, estão as atividades que obtiveram taxas agudas de crescimento, como os supermercados, que, agora, retornam ao nível tradicional.
 
O desempenho do varejo no primeiro mês do ano reflete a criação de novos empregados formais, permitindo remuneração maior em relação à massa geral de pessoas ocupadas, assim como mais estabilidade e confiança para consumir. Além disso, as concessões de crédito cresceram, no mês, 30%, ante igual período do ano passado, alavancadas pela melhoria na qualidade do emprego. Por fim, a melhora substancial nos indicadores da pandemia permitiu a flexibilização quase plena do horário para funcionamento das lojas e da circulação das pessoas, dando à população mais confiança para fazer compras.
 
Somado a todas estas circunstâncias, ainda houve o pagamento do décimo terceiro salário, injetado em dezembro. O recurso pode ter contribuído para a melhoria da renda disponível em janeiro, uma vez que as famílias costumam reservar uma parcela do valor para despesas de início de ano.
 

Vendas na capital
Na cidade de São Paulo, o faturamento real cresceu 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado – maior resultado do varejo paulistano para o janeiro desde 2008. A cidade atingiu uma receita de R$ 23,2 bilhões no mês, R$ 1,1 bilhão a mais do que a registrada em igual período de 2021.

Sete segmentos apontaram alta: lojas de vestuário, tecidos e calçados (31,7%), outras atividades (18,1%), autopeças e acessórios (16,5%), farmácias e perfumarias (9,4%), lojas de móveis e decoração (6,3%), lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (3,3%) e materiais de construção (1,7%). No conjunto, estes índices contribuíram positivamente com 7 pontos porcentuais (p.p.).  No sentido inverso, ficaram as atividades de concessionárias de veículos (-4,2%) e supermercados (-3,8%), resultando numa pressão negativa de 1,9 p.p.

Apesar dos resultados positivos, para a FecomercioSP, é preciso atenção aos altos índices de endividamento registados na capital, os quais, em algum momento, podem levar à desaceleração do consumo. Inflação e desemprego são as maiores ameaças para o ritmo de vendas, não apenas na cidade de São Paulo, mas também no Estado e no País.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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