Diferentemente do sistema de gestão ambiental ou da avaliação do ciclo de vida que contam com metodologia e normas, a Economia Circular é uma estratégia ambiental ou de sustentabilidade com o grande propósito de fazer com que os recursos naturais extraídos do meio ambiente permaneçam em uso pela sociedade por maior tempo, maior valor e com a maior utilidade possível. Foi o que explicou Flavio Ribeiro, professor e c onsultor em Economia Circular, no Abra Talks, videocast da Abrafiltros – ABRAFILTROS – Associação Brasileira das Empresas de Filtros Automotivos, Industriais e para Estações de Tratamento de Água, Efluentes e Reúso, transmitido na TV Filtros/Youtube, que, neste mês, abordou “Economia Circular: Desafios e Oport unidades”, para celebrar o mês do meio ambiente. “A Economia Circular inclui diversas coisas, como a reciclagem, mas uma reciclagem com maior valor agregado, vou buscar reciclar mais e melhor, analisando se, ao invés de reciclar, é melhor fazer reúso ou evitar a geração do resíduo, mantendo o produto com uma maior durabilidade, ou seja, são várias estratégias do ponto de vista operacional para tornar a sociedade cada vez mais circular”, afirmou.
Ribeiro comentou que a Economia Circular possui três grandes vertentes: recuperação dos resíduos (reciclagem, reúso, logística reversa, compostagem, ou seja, como fazer com que o resíduo volte para o sistema produtivo e se torne matéria-prima); como desenvolver produtos mais recicláveis e mais duráveis, atuando no projeto e engenharia; e modelo de negócio, como fazer com que a empresa esteja preparada para viver neste novo mundo. “Não adianta ter um produto feito para reúso, se não tiver uma cadeia de retorno, precisa ter um ecossistema, um modelo de negócio, que, além de ter a lucratividade, também seja voltado para este novo mundo”, disse.
Outro tema abordado foi o programa Descarte Consciente Abrafiltros. Segundo Ribeiro, quando fizeram o estudo de viabilidade do programa para a Abrafiltros, foi levantada a regulação em outros países, e, a grande maioria, não tinha o filtro do óleo lubrificante automotivo como item da logística reversa. São raríssimos os casos, em sua maioria, a responsabilidade pelo gerenciamento do resíduo é do gerador. “Trazer isto para a logística reversa é um grande progresso para os fabricantes, pois oferecem esse benefício para seus clientes que não vai ter em outros países, ressaltou o consultor, acrescentando: “O que temos no Brasil para o filtro usado do óleo lubrificante automotivo é um estudo de caso mundial. Temos um modelo a ser seguido por outros países”.
Durante o videocast, Ribeiro falou ainda sobre diversas questões relacionadas à Economia Circular, como os benefícios para o meio ambiente, mudanças nos hábitos de consumo, iniciativas da indústria neste setor, os desafios, a necessidade de melhoria contínua, papel de startups e fornecedores para auxiliar nesta área, questões tributárias e regulatórias, inovação e transformação digital, entre outros temas.
Para acessar o videocast na íntegra e assistir à entrevista de Ribeiro, que também atuou na CETESB por 20 anos como assessor técnico do gabinete do Secretário de Estado do Meio Ambiente, com a missão de dar andamento à logística reversa, basta entrar na TV Filtros no link: https://www.youtube.com/watch?v=aBKf3p2IOeE.
Fonte: Verso Comunicação e Assessoria de Imprensa