Confira o que muda na troca do catalisador com a motorização da legislação Euro VI

Especialista da Umicore explica porque a substituição do componente se tornou mais complexa a partir desta nova etapa do Proconve

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Há quase um ano e meio, todos os caminhões produzidos pelas montadoras no Brasil devem seguir as normas estabelecidas pelo Proconve P8 (Programa de Controle de Emissões Veiculares para Veículos para Pesados 8), equivalente à norma Euro VI, Atualmente, já existem milhares de caminhões com essa tecnologia rodando pelo País.

Esses veículos, portanto, já estão sujeitos a passar pelas mais variadas intercorrências, como avarias e acidentes que podem afetar o catalisador. Caso haja a necessidade da troca do componente, é importante que o proprietário busque o suporte da rede de concessionárias que vendeu o caminhão. Dessa forma, o consumidor terá maior garantia de receber um serviço de qualidade, pois os catalisadores se tornaram mais complexos e com mais peças para reduzir as emissões de diferentes tipos de gases e partículas poluentes.

De acordo com a Umicore, empresa com forte atuação neste segmento, todos os conversores catalíticos para caminhões até a implementação da Euro VI foram combinados em uma única solução. O produto atual conta com diferentes tipos de composição de metais nobres para atender corretamente cada especificidade desenvolvida pelas fabricantes automotivas.

“O catalisador mais adequado a ser utilizado irá depender da tecnologia de exaustão, que pode ser ou um sistema de regeneração ativa ou de regeneração passiva”, explica Lucas Nunes, Engenheiro de Aplicação de Produto da unidade de catalisadores da companhia.

“Na exaustão com sistema de regeneração ativa, as partículas internas presentes no filtro são queimadas pelo aumento de temperatura do motor. Já o sistema de regeneração  passiva precisa da ajuda do catalisador para gerar a redução desses materiais”, pontua o especialista. “Esses sistemas estão ligados à conceitos de redução de consumo de combustível e redução de poluentes”.

Por isso, quando existir a necessidade da troca do catalisador para um modelo Euro VI, contratar o serviço em oficinas autorizadas garante a qualidade do atendimento. “Todas as mudanças trazidas pelo P8 tornaram a substituição do componente mais difícil”, ressalta o engenheiro. “Os clientes não podem considerar como opção um item feito para pesados Euro V, pois esse erro pode prejudicar outros componentes de um caminhão, principalmente o sistema de exaustão”, acrescenta. 

Quais são os cuidados necessários para catalisadores Euro VI?

O catalisador P8 é projetado para durar de 160 mil a 700 mil quilômetros, dependendo do tamanho do caminhão. Ou seja, ele foi desenvolvido para acompanhar a vida útil do motor. Segundo Miguel Zoca, Gerente de Aplicação de Produtos da unidade de catalisadores da Umicore, para manter a peça em bom estado, o dono de caminhão deve utilizar combustível com boa qualidade e realizar revisões periódicas, principalmente no motor, porque ao longo do tempo o consumo do óleo lubrificante aumenta gradualmente, o que pode contaminar o catalisador.

Quais são os principais problemas que podem afetar o catalisador?

Zoca explica que o superaquecimento do sistema de exaustão é o principal agente causador de danos no catalisador. “Caso um veículo passe por essa situação, o componente derreterá”, diz. Essa falha pode estar relacionada à:

  • Combustão ineficiente devido a uma alteração no software responsável pela administração do motor do veículo. A mudança pode ser causada por combustíveis de má qualidade ou adulterados e remapeamento da calibração original do motor com objetivo de obter benefícios de consumo e desempenho.
  • Vazamento de óleo ou aditivos de limpeza que serão estocados no catalisador. Com a elevação da temperatura durante a operação do catalisador, o interior da peça pode entrar em combustão, resultando em perda total.

Fonte: Grupo Printer

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