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Conversão para GNV: confira 3 dicas da NGK para adaptar o veículo com segurança

Com gasolina e etanol em alta, conversão para GNV sobe 88,5%; Multinacional japonesa ressalta a importância da revisão do sistema de ignição, que é mais exigido no veículo a gás

5 minutos de leitura

Com a alta nos preços dos combustíveis mais difundidos – gasolina e etanol –, a conversão de veículos para a utilização do gás natural veicular (GNV) registra um crescimento de 88,5% em 2021. De acordo com dados levantados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), mais de 160 mil conversões foram realizadas entre janeiro e setembro, ante 86 mil adaptações feitas no mesmo período do ano passado.

Enquanto proporciona economia – um veículo de entrada pode rodar até 12 km/m³ de gás –, funcionamento estável e baixo custo de manutenção, a conversão para o GNV também possui desvantagens, como espaço ocupado pelo cilindro de armazenamento e alto custo de instalação, cujo valor médio varia de R$ 4 mil a R$ 5 mil. Para ajudar o motorista a adaptar o veículo com segurança, a NGK – multinacional japonesa fabricante e especialista em velas de ignição – elencou três recomendações. Confira: 

  • Verifique o estado geral do veículo

A primeira recomendação de Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK do Brasil, é verificar o estado geral do veículo, sobretudo do motor e do sistema de injeção. “Um veículo com problemas estruturais ou de segurança terá dificuldade na homologação da conversão. Problemas no motor ou no sistema de injeção vão dificultar o ajuste do equipamento de gás, podendo gerar falhas de funcionamento e frustrações ao condutor”, afirma.

  • Faça uma revisão completa do sistema de ignição

Para garantir uma conversão segura, é fundamental fazer uma revisão completa do sistema de ignição, uma vez que esse sistema é mais exigido no veículo a gás, em razão da maior tensão para o centelhamento, e deve passar por revisões mais frequentes. “Caso não passe por manutenção, o veículo pode apresentar alguns problemas, como falha de ignição, flash over – quando a alta tensão passa pelo lado externo da vela, danificando componentes, como velas e cabos ou velas e bobina – e backfire, estouro no coletor de admissão”, explica Mori. O sensor de oxigênio, ou sonda lambda, também deve estar funcionando corretamente para o perfeito ajuste do equipamento de gás. 

Ainda precisam ser verificados com maior frequência outros sistemas do veículo, como sistemas de freios, suspensão e arrefecimento, que também podem ser sobrecarregados com uso do GNV.

  • Escolha uma oficina certificada para fazer a conversão 

De acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a oficina escolhida para fazer a conversão deve ter certificação e contar com um engenheiro responsável pela instalação. Além disso, os equipamentos precisam ter certificação e nota fiscal para apresentação ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), junto com a nota fiscal referente à instalação. O veículo convertido para GNV precisa ser aprovado na inspeção obrigatória para obtenção do Certificado de Segurança Veicular (CSV), que é emitido por organismos de certificação credenciados pelo Detran. Consulte o Detran e o Inmetro de seu estado para verificar eventuais mudanças de regras na legislação e lista de oficinas certificadas.

A conversão clandestina, com uso de equipamentos sucateados e execução do serviço por pessoas não habilitadas, causa uma série de problemas, sendo o primeiro a impossibilidade de homologação do veículo e emissão do Certificado de Segurança Veicular, isto é, o condutor não consegue legalizar o veículo. “Também pode colocar vidas em risco, tanto do motorista e dos passageiros quanto de pessoas que estejam próximas ao veículo”, afirma Mori, que salienta que o sistema é muito seguro se for instalado por uma oficina certificada.

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