Crise dos semicondutores: oportunidade para reforçar parcerias

A principal saída para resolver este problema sistêmico na cadeia de suprimentos é, sem dúvida, o relacionamento entre todos os players envolvidos: fornecedor, fabricante e clientes

3 minutos de leitura

Chips semicondutores são essenciais para produtos tecnológicos de ponta, de computadores a carros e ao 5G. Embora o mercado tenha convencionado chamar de “crise de semicondutores”, a escassez não é de silício, um dos elementos mais abundantes do planeta, mas do produto manufaturado.

É uma indústria estratégica e essencial na fabricação de smartphones, eletrônicos, computadores, infraestrutura de telecomunicação, equipamentos industriais, equipamentos médicos, aviação. Para nós que trabalhamos com soluções de Tecnologia da Informação, a falta deste componente implica uma série de mudanças no nosso planejamento.

A escassez é fruto da mudança de comportamento das famílias, que estão consumindo mais aparelhos digitais, das empresas, que aceleraram a digitalização, e da disputa geopolítica pelo domínio tecnológico protagonizada por Estados Unidos e China. Além de ser um impacto da pandemia na produção global de semicondutores, um tipo de produto com baixo nível de estoque porque sofre atualizações tecnológicas constantes.

Este cenário é um verdadeiro desafio para os fabricantes. A principal saída para resolver este problema sistêmico na cadeia de suprimentos é, sem dúvida, o relacionamento entre todos os players envolvidos: fornecedor, fabricante e clientes. Quanto maior for a colaboração e mais próxima seja a relação entre as partes, melhores serão as possibilidades de um denominador comum.

A última pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou que, com a redução da oferta de componentes, os custos estão subindo. Principal obstáculo para a recuperação do setor para mais de 60% dos executivos das indústrias entrevistadas. De acordo com dados da consultoria IDC (International Data Corporation), as entregas de semicondutores no Brasil estão levando até 32 semanas e vêm acompanhadas de custos até 40% maiores. Os reflexos econômicos na cadeia começam a aparecer, somando-se a alta do dólar, bem como a disparada dos índices de inflação correlacionados.

É um ecossistema complexo. Porém, são nestes momentos incertos em que é possível mensurar quais são as parcerias certas para ter flexibilidade ao fazer negócios. Lidar com este tipo de situação é manter um canal de diálogo transparente com toda a cadeia e relacionamento forte em todos seus elos. É construindo parcerias e mantendo negociação abertas, sem o chamado ‘black box’. Transparência é abrir termos de negociação e não tentar tirar proveito da situação, mas, sim, ganhar a confiança e fortalecer uma relação duradoura e sustentável.

Direto da fonte! Nossos jornalistas e colaboradores estão atentos a todos os conteúdos que envolvem os elos da cadeia da mobilidade terrestre brasileira. Sempre traremos conteúdo acionável para nossos leitores. Tudo sob a ótica dos CNPJs da cadeia. Da fabricação até a manutenção. Desejamos então, boa leitura! E claro, nos deixe saber a sua opinião. Ao final de cada matéria você pode deixar a sua mensagem ou ainda, através dos links das nossas redes sociais e whatsapp.

Deixe um comentário

Seu endere~co de e-mail n"ao serã publicado.

Anterior

Wabtec publica relatório de sustentabilidade de 2021

Próximo

Central de Custódia inicia operações para tornar logística reversa de embalagens no Brasil mais transparente e segura

Pular para o conteúdo