Especialista ressalta como o óleo de rerrefino tem sido protagonista na diminuição dos impactos ambientais
Quando se trata de lubrificantes, é fundamental que motoristas e mecânicos compreendam que esses fluidos possuem um ciclo de vida. Após sua produção, passam pela distribuição, uso, e eventualmente sofrem degradação ou contaminação, tornando-se inadequados para novas aplicações. Nesse ponto, o óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC) deve ser recolhido e encaminhado à indústria de rerrefino, onde será transformado novamente em óleo básico. Para garantir o descarte correto, a Motul, multinacional francesa especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, destaca quatro informações que devem ser conhecidas antes desse momento.
1- Nunca misture óleo usado com outras substâncias: ao descartar óleo lubrificante usado, não misturá-lo com outros materiais como solventes, combustíveis, água ou produtos químicos é um ponto muito importante. Essa mistura inviabiliza a reciclagem e o rerrefino do óleo, além de aumentar o risco de contaminação ambiental.
2- Pontos de coleta autorizados são a única opção segura: o fluido usado deve ser entregue em pontos de coleta autorizados ou no revendedor correspondente. Oficinas e centros automotivos são os locais ideais para receber este tipo de material, garantindo que ele seja tratado de forma correta, sem danos ao meio ambiente.
3- O rerrefino produz lubrificantes de alta qualidade: com a tecnologia moderna de rerrefino, o óleo usado pode ser transformado em um produto de qualidade equivalente ao de primeiro refino. Isso significa que o óleo rerrefinado atende às especificações mais rigorosas da indústria automotiva, oferecendo desempenho semelhante aos lubrificantes novos, mas com menor impacto ambiental.
4- O Brasil é referência mundial no rerrefino de óleo lubrificante: o país tem uma das legislações mais avançadas sobre o descarte de óleo lubrificante. A Resolução do CONAMA nº 362/2005 obriga a coleta e o descarte adequado de óleos usados. Graças a essa regulamentação, o país se destaca globalmente na logística reversa do lubrificante, permitindo a produção de óleo básico rerrefinado de alta qualidade.
Óleo de rerrefino como alternativas sustentáveis
O descarte inadequado do óleo lubrificante é amplamente reconhecido como uma ameaça significativa ao meio ambiente. Esse tipo de óleo não é biodegradável, ou seja, não pode ser decomposto por organismos vivos como animais, fungos ou bactérias. Sua capacidade de contaminação é alarmante, sendo que apenas 1 litro de óleo lubrificante usado ou contaminado pode poluir até 1 milhão de litros de água. Por isso, a reciclagem do óleo tem sido cada vez mais destacada nas novas regulamentações e tem sido foco de campanhas de conscientização entre os motoristas.
“O processo de rerrefino é fundamental para garantir o abastecimento global de lubrificantes. O óleo básico rerrefinado é classificado em grupos conforme as suas características físico-químicas, assim como o óleo básico de primeiro refino. Atualmente, com toda a evolução tecnológica e controle em relação a coleta dos lubrificantes usados, é possível obter óleo básico rerrefinado de alta qualidade. Isso, é claro, se a indústria responsável pelo rerrefino dispuser de equipamento capaz de regenerar a matéria prima de forma compatível com a performance desejada para lubrificantes modernos”, afirma Danilo Silva, engenheiro de aplicações da Motul.
Recentemente a Motul lançou globalmente a linha NGEN, que usa óleos básicos de rerrefino em sua formulação, reforçando o comprometimento com desempenho e qualidade ao mesmo tempo que mantém sua sustentabilidade.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Motul