Diferente do Brasil, distribuidores de peças europeus estão realmente preocupados com a reparação de veículos

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Os modelos de acesso de dados de back-end externo dos fabricantes de veículos arriscam um grande fardo de custos para os consumidores e partes interessadas independentes, chegando a  65 bilhões em 2030

A FIGIEFA dá as boas-vindas ao novo estudo divulgado hoje pela FIA Região I, a associação internacional de consumidores motoristas e patrulheiros rodoviários. Ele revela e fornece evidências de que o “Veículo Estendido” (ExVe) com servidores de back-end externos, conforme promovido por fabricantes de veículos, causaria prejuízos para partes interessadas independentes e consumidores, atingindo € 65 bilhões já em 2030.

O novo estudo “A transformação digital automotiva e os impactos econômicos dos modelos existentes de acesso a dados” 1, publicado hoje pela FIA Região I, avalia as consequências econômicas de longo prazo dos atuais modelos fechados de acesso a dados promovidos por fabricantes de veículos. Salienta, em particular, que os impactos negativos de tais modelos nos prestadores de serviços pós-venda independentes permitirão aos fabricantes de veículos uma maior integração no mercado pós-venda e, por sua vez, oferecer-lhes um controlo muito mais forte sobre as relações com os consumidores finais. Isso teria o efeito de, em última instância, reduzir a escolha do consumidor, a concorrência e os benefícios sociais de um setor automotivo próspero. Isso aumentaria gradualmente os custos e, em 2030, resultaria em perdas de 33 bilhões de euros para os operadores de pós-venda automotivos independentes europeus e em custos adicionais de 32 bilhões de euros para os motoristas.

“Prejudicar as PMEs e os consumidores a tal ponto não é aceitável e exigirá todas as medidas legislativas possíveis para garantir um acesso seguro, protegido, direto, em tempo real e bidirecional aos dados, funções e usuários do veículo e para garantir benefícios para os consumidores, bem como concorrência e inovação em serviços digitais ’em torno do carro’ ”, enfatizou Sylvia Gotzen, CEO da FIGIEFA.

Modelos de acesso de dados proprietários, onde os fabricantes de veículos têm acesso privilegiado aos veículos e onde terceiros só podem acessar os dados do veículo por meio de um servidor de back-end externo sob a governança dos fabricantes, levantaram preocupações entre os consumidores, empresas independentes e a Comissão Europeia sobre os últimos anos.

Este estudo complementa bem o estudo de teste prático de campo “Análise geral sobre telemática de terceiros de OEMs”  lançado em novembro de 2018 pela AFCAR, a Aliança para a Liberdade de Reparo Automóvel na Europa. Com exemplos concretos, apontou para inúmeras limitações técnicas e comerciais induzidas pelo modelo “Extended Vehicle”. Por outro lado, o estudo também mostrou que vários fabricantes de veículos estão desenvolvendo uma plataforma de telemática aberta proprietária, acessível apenas a terceiros escolhidos.

Fonte: FIGIEFA

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