Muita gente me pergunta quando o dólar ou o euro vão cair para começar a se programar para a tão sonhada viagem de férias internacional, ou mesmo de negócios.
Essa é a resposta de 1 milhão de dólares, que muito provavelmente nenhum economista, por mais experiente que seja, se arriscaria a adivinhar.
Para que o sonho de se aventurar em outro país não vire um pesadelo quando você voltar, o planejamento é a melhor opção para reduzir custos e evitar surpresas.
Se antes a viagem duraria 15 ou 20 dias, reprogramar o roteiro e diminuir a quantidade de dias pode ser uma opção para que a viagem caiba no seu orçamento.
O que fazer então, como se planejar?
O primeiro passo é ter a documentação em dia e na validade: passaporte, visto e vacinas.
Com a documentação em ordem escolha o destino e quanto tempo deseja ficar em cada lugar. Comece a fazer um roteiro com os lugares, atrações, parques e restaurantes que gostaria de visitar.
Pesquise o preço das passagens aéreas, hotéis e seguro-viagem, esses custos você pode pagar aqui no Brasil em reais e pode se programar com antecedência.
Não se esqueça do meio de transporte ou eventual locação de veículo, fazer a locação com antecedência também pode gerar bons descontos.
Já para as entradas nos parques e atrações, é importante que pesquise se pode fazer a compra antecipada e a reserva de dia e horário, com o ticket na mão você evitará filas e ainda economizará um bom tempo.
E quanto dinheiro você precisa levar?
O suficiente para os gastos com alimentação, compras e lembrancinhas, que precisará pagar em moeda local.
E aqui você também pode fazer uma boa economia:
1. Calcule a quantidade de dias e quantas refeições precisará fazer, defina um valor médio que pretende gastar por refeição na moeda local, não esqueça de incluir aquele restaurante mais caro da lista de desejos e opções mais baratas como um lanche comprado em um mercado.
2. Lembrancinhas para quem? Defina as pessoas e limite de valores para presentear, vai facilitar na hora de fazer as compras e evitar gastar com bobeiras ou presentes caros.
3. E para as famosas compras, recomendo que tenha uma lista das coisas que quer comprar. Antes de tomar a decisão de comprar na viagem, faça uma pesquisa de preços aqui no Brasil e veja se realmente vale a pena comprar fora.
Some os 3 valores e deixe uma reserva para emergência, este é o valor que precisará levar em moeda local.
E quais são as opções para economizar aqui?
A melhor alternativa é ir comprando a moeda aos poucos, seja Euro ou Dólar você pode comprar um pouco todo mês e fazer um preço médio da cotação.
Deixar tudo para perto da data da viagem pode não ser uma boa estratégia.
Evite utilizar seu cartão de crédito no exterior.
Em cada compra você pagará 6,38% de IOF que é o imposto sobre operações financeiras cobrados pelo uso fora do país. Além do IOF você se submete ao dólar ou euro da data da viagem, o que pode fazer seu orçamento furar se o dólar subir muito em relação ao que você tinha previsto.
Existe uma alternativa, que é o Cartão Pré Pago em Euros ou Dólar, que você pode “abastecer” aos poucos e fazer um preço médio da moeda evitando sustos na volta da viagem.
A desvantagem deste cartão é que da mesma forma que no crédito, você também pagará 6,38% de IOF cada vez que abastecer na moeda estrangeira.
A alternativa mais barata é abrir uma Conta Digital Internacional em Euro ou Dólar e ir transferindo aos poucos o valor para esta conta até a data da viagem.
Além de fazer um preço médio da moeda, você só pagará 1,1% de IOF reduzindo bem os custos.
São poucos os bancos que oferecem o serviço de Conta Digital Internacional no Brasil: Banco BS2, C6 Bank e, o mais recente, Nomad.
Você pode abrir a conta diretamente pelo aplicativo de forma rápida e prática. Basta preencher os seus dados e enviar fotos de alguns documentos.
Você receberá um cartão de débito e poderá usá-lo para compras ou saques no exterior. Para as compras na função débito não há custo, já os saques custam entre 5 e 10 dólares/euros por transação.
A saída é levar uma parte em papel moeda comparada aqui, o custo do IOF é o mesmo da conta digital internacional de 1,1%. Mas os riscos são maiores de ser roubado ou mesmo perder o dinheiro então leve uma parte menor para eventuais compras que não aceitem cartão, o que é bem raro hoje em dia.
Por fim, aproveite a viagem, afinal você se planejou direitinho e não terá surpresas no seu orçamento quando voltar.