Sindirepa Brasil fortalece a parceria com entidades da América do Sul

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Em uma época marcada por rápidas mudanças tecnológicas e regulatórias na indústria automotiva, a cooperação entre diferentes entidades do setor torna-se crucial. Na recente reunião entre Sindirepa Brasil e FAATRA, representantes de entidades brasileiras, argentinas e uruguaias se reuniram para discutir estratégias e estabelecer acordos que promovam o desenvolvimento e a integração do mercado de reposição automotiva na América do Sul. Nesta entrevista exclusiva com Marcelo Gabriel, que representou o presidente Antonio Fiola do Sindirepa Brasil, exploramos os detalhes dessa colaboração estratégica e seus potenciais impactos para o futuro do setor. Confira a entrevista realizada pelo MoveNews que cobriu o encontro.

MN – Quais foram os principais objetivos estabelecidos para esta reunião entre Sindirepa Brasil e FAATRA? Como esses objetivos se alinham com as metas de longo prazo de ambas as organizações?    

MG -Estive na reunião representando o Presidente Antonio Fiola, como Sindirepa Brasil. Mas fui solicitado a apresentar a Aliança do Aftermarket Automotivo Brasil, um breve histórico de como nasceu a Aliança, seus objetivos, conquistas e desafios de curto, médio e longo prazo. Na reunião estavam presentes os representantes da ACEERA que é a entidade dos agentes comerciais do mercado de reposição argentino, o que permitiu ampliarmos também a discussão sobre as questões ligadas às peças de reposição.

MN-Poderia detalhar quaisquer acordos ou parcerias formais que foram estabelecidos durante esta reunião? Quais são os benefícios esperados dessas parcerias para o setor de reposição automotiva no Brasil e na Argentina?

MG -O SINDIREPA (BRASIL), a FAATRA (ARGENTINA) e a CTMA (URUGUAY) mantém um acordo de cooperação desde 2017 que prevê a troca de informações, legislações e cooperação quanto ao acesso a diagnósticos dos veículos por parte das montadoras, assim como sua conectividade e também no campo do reparo de colisão diante do avanço das seguradoras com práticas comuns nestes países.

MN -Durante a reunião, foram discutidas estratégias comuns relacionadas ao “direito de reparar” e à inspeção técnica veicular entre Brasil e Argentina?

MG – Nestes tópicos as discussões foram mais explanatórias do que realmente orientando estratégias comuns, visto que cada país tem experimentado diferentes condições e as demandas para solução de problemas locais e imediatos ocupam grande parte das agendas. Mas o entendimento geral é que precisamos unir esforços e compartilhar experiências.

A Inspeção Técnica Veicular já existe a anos na cidade de Buenos Aires, enquanto que o Uruguai não vislumbra tal movimento, já o direito de reparar como tratamos na pergunta anterior é um dos grandes entraves da reparação de veículos nestes últimos anos.

MN-Considerando a missão da FAATRA de formar e dignificar o trabalho da Oficina Nacional de Reparação e Manutenção Automóvel, foram discutidos planos para programas de capacitação conjuntos ou outras iniciativas educacionais? Como isso ajudará a unificar e fortalecer o setor em ambos os países?

MG– Ainda que muito próximos, os idiomas falados na região ainda têm sido uma barreira de comunicação para programas comuns de capacitação. Iniciativas como a certificação voluntária (IQA no Brasil) e similares na Argentina foram apresentadas mas a estrutura dos sistemas de regulação técnica e tecnológica dos países não permite que se pense em uma condição comum de trabalho. A FAATRA encontrou um modelo unindo a entidades dos trabalhadores e o Governo Federal daquele país, situação praticamente inexequível no Brasil, já o Uruguai busca incessantemente projetos de capacitação de profissionais visto estar sempre a frente das tecnologias por receber o que tem de mais moderno na importação de veículos automotores, dificultando a atividade da reparação de veículos naquele país. Legislações, culturas e língua totalmente diferente impedem avanços mais significativos de ações unificadas.

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