Falta fôlego da cadeia global de fornecedores para a eletrificação, diz estudo

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Levantamento da ABI Research, empresa global de inteligência tecnológica, indica que as fabricantes de automóveis investirão cerca de US$ 515 bilhões em tecnologias relacionadas a veículos elétricos e atualizações de fábricas nos próximos cinco a dez anos. Os planos de várias delas para a transição integral da produção de modelos a combustão interna para elétricos têm como data limite 2030.

No entanto, alerta recente estudo da ABI, esse processo pode ser prejudicado pela falta de fôlego de muitos integrantes da cadeia de fornecimento de componentes.

Segundo o ‘The Electrification Wave and its Impact on Automotive Supply Chain”, as montadoras não avaliaram adequadamente outros impactos que a eletrificação terá na cadeia de suprimentos e, consequentemente, na capacidade para que cumpram seus planos de lançamento de modelos.

A ABI Research indica que as montadoras precisarão manter o desenvolvimento simultâneo de novos modelos e atualizações de motores a combustão interna, além da introdução de veículos elétricos diferenciados, que não são variantes de powertrain dos modelos a combustão existentes.

“Precisarão também lidar com um influxo de novos fabricantes participantes além da Tesla, como Lucid Motors, Rivian e Fisker. Essas pressões do mercado exigirão um nível elevado de novos programas que abordarão as restrições de capacidade operacional, que foram amplamente ignoradas”, avalia Ryan Martin, Diretor de Pesquisa Industrial e de Manufatura da ABI Research.

“A cadeia de suprimentos não recebeu a mesma atenção gerencial ou nível de investimento”, acrescenta Jake Saunders, vice-presidente da empresa, que lembra que um automóvel é montado a partir de dezenas de milhares de peças, a maioria proveniente da rede global de fornecedores e muitas são componentes personalizados, projetados para um modelo específico de uma montadora ou derivados de uma mesma plataforma.

E os recursos dos fornecedores para gerenciar lançamentos de novos modelos são finitos e já estão esgotados, alerta. “A menos que as montadoras e fornecedores tomem as iniciativas necessárias para expandir a capacidade geral de lançamento do programa, suas metas de eletrificação estão ameaçadas”, conclui Martin. (AutoIndústria)

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