O 1.º decêndio de julho fechou com 67.905 unidades vendidas de automóveis e comerciais leves, esse volume representa uma queda de 9,83% em comparação com o mesmo período do mês anterior e um recuo de 20% ante o ano de 2023.
No acumulado do ano já foram vendidos 1.144.899 unidades, registrando um crescimento de 12,29% em comparação com o ano anterior, quando analisamos com o período pré pandemia o setor recua 13%.
O mês tem 23 dias úteis e tende a fechar com vendas acima das 210 mil unidades, mas o desempenho nessa parcial fica abaixo das projeções.
O setor ainda digere a regulamentação da reforma tributária que classificou os automóveis e comerciais leves no Imposto Seletivo, sendo assim comprar veículos novos é prejudicial ao meio ambiente.
Lembrando o texto ainda precisa passar pelo Senado e sua efetivação deve ocorrer no ano de 2026.
A modalidade de vendas varejo está apresentado uma queda de 5,13% e sua participação é de 55,76% o atacado está recuando 15,12% em relação ao mês anterior, essa queda nas vendas diretas é parcialmente justificada pela antecipação de compras no final de junho do setor de locação.
O Estado de Minas Gerais que concentra um grande volume de vendas para locadoras, fechou o decêndio com uma queda de 31%.
Praticamente todas as marcas estão registrando quedas em relação ao mês anterior, inclusive as dedicadas a veículos eletrificados.
Muitos consumidores diretos e empresas ficaram cautelosos nos primeiros dez dias com as discussões da regulamentação da reforma tributária, esse cenário tende a melhorar na próxima semana.
O ranking de marcas segue sem modificações, a Fiat lidera mas registra queda em relação ao mês anterior, reflexo da queda nas vendas para o atacado, onde a marca tem excelente participação.
A VW está com vendas estáveis em relação ao mês anterior, no acumulado ela registra um crescimento de 16%.
A GM fecha a parcial com a maior queda entre as marcas de volume, suas vendas mensais anotaram um recuo de 27% em relação ao mês anterior.
É importante destacar que a enchente no Rio Grande do Sul ainda gera reflexos negativos para a cadeia de produção e para o fluxo comercial, o Estado tem um grande polo indústrias de peças.
No ranking de modelos o Hyundai/HB20 segue na liderança com 3.852 unidades vendidas, a Fiat/Strada assumiu a segunda posição e o VW/Polo fecha o trio do mês e segue liderando as vendas acumuladas.
As discussões para que o governo antecipe a cobrança da alíquota de 35% para veículos elétricos e híbridos com certeza será intensificada diante do resultado moderado das vendas no 1.º decêndio, outra debate que retorna são os benefícios fiscais concedidos a Fiat no nordeste.
Outras análises serão feitas durante a semana, desejamos bons negócios e uma ótima semana.
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