No encerramento de outubro, o preço médio do litro da gasolina permaneceu estável em R$ 6,26 nas bombas de abastecimento do Brasil, valor semelhante ao registrado em setembro. Já o etanol apresentou uma leve redução de 0,71%, com média de R$ 4,20. Os dados são do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que monitora os preços praticados nos postos de combustível em todo o país.
Apesar de uma pequena queda no preço do etanol, os combustíveis mantêm uma tendência de estabilidade nacional desde agosto. Em uma análise por região, a gasolina apresentou quedas significativas no Nordeste e Sudeste, com médias de R$ 6,35 e R$ 6,14, respectivamente. O etanol também teve reduções expressivas, especialmente no Nordeste, onde o combustível foi comercializado a R$ 4,69 após uma queda de 2,29%. No entanto, as maiores médias foram encontradas no Norte, com gasolina a R$ 6,76 e etanol a R$ 4,96.
Entre os estados, a Paraíba registrou a maior queda no preço do etanol, enquanto Rondônia teve o maior aumento. Mato Grosso apresentou o preço mais baixo para o etanol (R$ 3,94), enquanto o Amapá registrou o valor mais alto, a R$ 5,39. Para a gasolina, o maior recuo ocorreu em Sergipe, enquanto o Acre teve o preço mais elevado, a R$ 7,22. São Paulo foi o estado com a gasolina mais barata, custando R$ 6,04.
O etanol se mostrou mais vantajoso economicamente em grande parte do Brasil, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde além do preço competitivo, oferece benefícios ambientais importantes.
Como a alta do preço dos combustíveis impacta o aftermarket automotivo?
A estabilidade ou aumento dos preços da gasolina impacta diretamente o setor de aftermarket automotivo e a manutenção dos veículos no Brasil. O custo elevado do combustível leva muitos proprietários a priorizarem o uso de veículos mais econômicos e a considerarem alternativas como o etanol em regiões onde o preço é mais competitivo. Isso influencia diretamente o comportamento de manutenção e reparos, criando um cenário onde alguns fatores são mais valorizados no aftermarket:
1. Aumento na Demanda por Serviços de Otimização de Consumo: Com a gasolina em valores elevados, há uma tendência crescente para que os motoristas busquem serviços que ajudem a reduzir o consumo de combustível, como limpezas de bicos injetores, trocas de filtros de ar, calibração correta dos pneus e revisões regulares. Serviços de alinhamento e balanceamento tornam-se atrativos, pois impactam o consumo e a segurança.
2. Troca de Componentes e Manutenção Preventiva: Quando os preços da gasolina aumentam, os motoristas tendem a valorizar a eficiência e a durabilidade de componentes que afetam o consumo e o desempenho do veículo. Componentes como velas, cabos e bobinas de ignição passam a ser monitorados e trocados com maior frequência para manter o veículo em bom estado de funcionamento.
3. Adoção de Biocombustíveis e Equipamentos Flex: Em estados onde o etanol apresenta uma vantagem de preço, motoristas com veículos flex podem priorizar o etanol, impulsionando o uso de componentes específicos que suportam a adaptação aos dois combustíveis. Isso estimula uma demanda por manutenção mais frequente, dado que o etanol é conhecido por gerar maior acúmulo de resíduos.
4. Impacto na Cadeia de Reposição de Peças: Para o setor de aftermarket, a elevação da gasolina também impulsiona a demanda por peças de reposição voltadas para a economia de combustível, desde pneus de baixa resistência ao rolamento até óleos de motor específicos que ajudam a maximizar a eficiência. Além disso, o custo elevado do combustível influencia o valor logístico da distribuição, impactando o preço final das peças.
Essas tendências são reforçadas por fontes como o relatório da Edenred Ticket Log e a análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que confirmam a influência dos preços de combustível na economia doméstica e na preferência de consumo de combustível. Essa realidade fortalece a importância do aftermarket automotivo em manter o veículo econômico e bem cuidado, refletindo a adaptação do mercado e dos consumidores diante da volatilidade dos combustíveis.
Fonte: RPMA Comunicação