A Guerra na Ucrânia tem causado inúmeros impactos em diversas áreas. Na indústria automotiva, não tem sido diferente. Saiba como o setor está sendo afetado.
Iniciada em fevereiro, a Guerra na Ucrânia tem causando forte impacto econômico. Na indústria automotiva, a reação é crescente.
A falta de semicondutores, problema surgido durante a pandemia, é um dos fatores que preocupam o setor. A normalização estava prevista para o segundo semestre. Porém, diante da atual situação, o cenário é incerto.
A interrupção da produção por parte dos fabricantes na Rússia também é outro problema que pode afetar a indústria.
Saiba como a produção vem sendo afetada e conheça os desafios das montadoras.
Produção de Gás Neon
A Ucrânia é um dos líderes na produção de gás neon, essencial na fabricação de chips e semicondutores. Segundo a TrendForce, cerca de 70% da substância é produzida no país.
O gás neon é responsável por levar radiação do laser para o chip. O processo de fabricação do material é conhecido como litografia. Com a crise dos chips desde 2020, a produção diminuiu.
Postura de algumas marcas
Recentemente, a BMW decidiu encerrar fábricas na Alemanha, Inglaterra e Áustria, por falta de fornecimento de materiais. A empresa deixou de exportar automóveis e interrompeu sua produção no país.
A Mazda deixará de fornecer peças de reposição na cidade de Vladivostok. A Toyota suspendeu a produção de automóveis na fábrica de São Petersburgo. Já a Honda também deixou exportar seus automóveis para o país.
Os problemas de fornecimento de peças em decorrência dos conflitos, afetou a Porsche. Os modelos Macan e Panamera tiveram sua produção suspensa.
Por fim, o Grupo Volkswagen e a Mercedes fizeram doações. A primeira, para a Agência das Nações Unidas para Refugiados no valor de US$ 1 milhão. Já a segunda, contribuiu para a Cruz Vermelha com 1 milhão de euros.
Futuro
O futuro com relação a indústria automotiva na região da Ucrânia ainda é incerto. No entanto, a ausência da produção de gás neon, acarretará em um aumento, que chegará até os automóveis.
O país também é referência na produção de chicotes elétricos, exportando cerca de 7% do material para todo o mundo. A produção também foi interrompida pela guerra, afetando montadoras como Audi, Porsche, BMW e Volkswagen.
Segundo Antônio Fiola, presidente Sindirepa Nacional e de São Paulo, os níveis da produção pré-pandemia serão retomados apenas em 2026. “Isso fará com que a frota envelheça. Permitindo maior movimento nas oficinas, aquecimento de demanda no After Market”, diz.