- Os produtos comercializados devem atender normas da qualidade
- Testes são importantes para conferir proteção adequada contra o congelamento, fervura, cavitação e corrosão
- Uso de produto fora de especificações pode causar danos ao motor
Nem todos sabem, mas o aditivo de arrefecimento é regido por normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo a ABNT NBR 13705:2016 para o produto concentrado, e a ABNT NBR 14261:2016 para produto diluído. Isso significa que fabricantes e importadores têm diretrizes técnicas que podem seguir antes de colocar o produto no mercado.
“As normas ABNT descrevem as características de desempenho que o aditivo de arrefecimento deve possuir para atender às necessidades dos veículos, entre as quais regular a temperatura do motor e lubrificar os componentes do sistema de arrefecimento, como bomba d’água e radiador”, explica Sergio Kina, gerente de Operações do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva.
Para auxiliar fabricantes e importadores no desenvolvimento de produtos de qualidade, o IQA realiza os ensaios e testes preconizados nas normas ABNT. “No Laboratório IQA, realizamos ensaios de Ponto de Congelamento, Ponto de Ebulição – como recebido, pHtal qual, Reserva Alcalina, Densidade Relativa, Teor de Água e Corrosão nos Corpos de Prova (Cobre, Solda, Latão, Aço, Ferro Fundido, Alumínio) – método A e método B. São ensaios previstos nas normas ABNT que asseguram a qualidade do produto”, afirma Kina.
Confira a lista completa de ensaios realizados pelo IQA:
Descrição dos Ensaios de Aditivo para Arrefecimento de Motor
Descrição | Requisito |
Ponto de Congelamento | ABNT NBR 13705:2016 / ABNT NBR 14261:2016 /ASTM D 1177:2017 |
Ponto de Ebulição | ABNT NBR 13705:2016 / ABNT NBR 9292:2018 /ASTM D 1120:2017 |
PH | ABNT 13705:2016/ ABNT NBR 7353:2014/ ASTM D 1287:2011 |
Reserva Alcalina | ABNT NBR 13705:2016 / ABNT NBR 14261:2016 /ASTM D 1121:2011 |
Densidade Relativa | ABNT NBR 14065:2013 / ABNT NBR 7148:2014 /ASTM D 1122:2017 |
Teor de Água | ABNT NBR 5758:2010/ ABNT NBR 5758:2010 / ASTM D 1123:2015 |
Corrosão nos Corpos de Prova (Cobre, Solda, Latão, Aço, Ferro Fundido, Alumínio) | ABNT NBR 13705:2016/ ABNT NBR 14261:2016 /ASTM D 1384:2012 – método A e método B. |
Função
Desenvolvido para auxiliar na refrigeração do motor, o aditivo de arrefecimento desempenha também papel importante na lubrificação do sistema de arrefecimento do veículo e, por isso, é preciso tomar alguns cuidados na hora da compra e uso.
Composto de monoetilenoglicol e outros componentes que servem de proteção para o sistema de arrefecimento, os aditivos tem como principais funções a antifervura, o anticongelamento e a proteção contra corrosão.
Existem dois diferentes tipos de aditivos de arrefecimento no mercado, os orgânicos e os inorgânicos, apresentados na forma concentrada e diluída. Cada veículo utiliza um aditivo e em proporções de diluição especificadas pela montadora. “Por isso, recomendamos sempre a utilização do produto preconizado no manual de propriedade do veículo”, comenta Kina.
O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva é uma organização sem fins lucrativos de desenvolvimento e disseminação da Qualidade no Setor da Mobilidade, com objetivo de proporcionar mais segurança ao consumidor, a partir de produtos, sistemas e pessoas com qualidade assegurada através de certificações e ensaios laboratoriais.
Criado em 1995 por entidades do setor e do governo, o IQA oferece soluções que fomentam a Qualidade além da certificação, como treinamentos presenciais e online, conteúdo técnico em publicações/estudos técnicos, inspeções e ensaios de laboratório, com uma cultura de inovação e proximidade às necessidades das organizações e sociedade.
É representante de órgãos internacionais e acreditado pela CGCRE (Coordenação Geral de Acreditação) do Inmetro como organismo de certificação e laboratório de ensaios. Acesse o site www.iqa.org.br.