O mais recente levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que 99% da população que habita o planeta tem respirado ar em condições abaixo do limite de qualidade recomendado pela instituição. A estatística se soma a diversas outras que preocupam cada vez mais a sociedade quanto ao fenômeno de aquecimento global e suas consequências. Só no Brasil, 98% das pessoas acreditam que os cuidados com o meio ambiente, como a redução nos níveis de emissão de gases poluentes, devem ser prioridade no dia a dia de famílias, empresas, órgão públicos e outras esferas, conforme destaca a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Nesse cenário, o Instituto Americano de Petróleo (API) introduziu em 01 de dezembro de 2016 uma nova categoria com o padrão de exigências a serem cumpridas pelos lubrificantes para motores a diesel de ciclo de quatro tempos de alta velocidade, de modo que os caminhões — responsáveis por cerca de 21% das emissões de CO2 em escala global — pudessem reduzir sua pegada de carbono a partir da utilização de produtos essenciais para o seu funcionamento, mas que trazem consigo tecnologias que prezam pela sustentabilidade. A categoria ganhou o nome de API CK-4. Óleos compatíveis com a categoria CK-4 atendem a testes rigorosos e são projetados para prover um desempenho superior ao dos óleos da categoria CJ-4, como é o caso da linha Mobil Delvac. Essa linha de lubrificantes Mobil, focada em caminhões com motores mais modernos, conta com produtos que superam as especificações exigidas pelo API em sua categoria CK-4.
Óleos que seguem a tecnologia API CK-4 oferecem um controle 80% melhor da viscosidade em altas temperaturas, proteção contra o desgaste 20% mais eficaz e uma resistência à oxidação 50% maior, quando comparado com a categoria anterior API CJ-4. Esses avanços representam um salto na tecnologia necessária para ter lubrificantes de qualidade, proporcionando benefícios como maior durabilidade do motor e intervalos de troca mais espaçados, elementos fundamentais para gestores de frotas preocupados com eficiência e economia.
Além de atender a uma demanda da sociedade e das indústrias, os óleos da categoria API CK-4 são formulados para garantir a proteção e contribuir com a eficiência do sistema de pós-tratamento dos motores Euro 6. Esses motores compõem a frota diesel que atende a norma do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) na sua versão P8, a qual limita a emissão de poluentes por parte dos automóveis e abre portas para a fabricação de motores mais modernos, duráveis e econômicos, os quais necessitam de um tipo de lubrificação mais tecnológica, como a proporcionada pela linha Mobil Delvac. Desde 2023, as normas Proconve P8 são exigidas em todos os caminhões e ônibus fabricados no Brasil.
Segundo José Cesário Neto, coordenador de capacitação e suporte técnico da Moove — multinacional brasileira que é uma das maiores produtoras e distribuidoras de lubrificantes e óleos básicos do Brasil, — os óleos criados para atender a nova geração de motores dos caminhões, priorizando a sustentabilidade, são compatíveis com todos os componentes do sistema de pós-tratamento, em especial o filtro de partículas diesel (DPF), e são identificados mundialmente como Low SAPS (Sulphated Ash, Phosphorus e Sulphur) ou seja, baixa cinza sulfatada, baixo fósforo e baixo enxofre.
“A especificação CK-4 tem como foco principal a resistência à degradação do óleo pela oxidação à alta temperatura e para isso estabeleceu um critério muito severo, através do teste Volvo T13 que foi desenvolvido conjuntamente pela Volvo e ExxonMobil. Este teste dura 360 horas e simula o “envelhecimento” do óleo em mais 80.000 km. Ao final do teste, o óleo tem que manter sua viscosidade dentro da faixa definida pelo seu grau SAE, por exemplo, SAE 15W-40. O objetivo foi aumentar a durabilidade do óleo para possibilitar a prática de intervalos de troca estendidos, contribuindo para reduzir os custos com paradas e manutenção”, explica.
Fonte: Portal da Autopeça