A pandemia de Covid 19 resultou em uma queda expressiva na demanda por transporte rodoviário de carga (TRC). Passado o período de baixa, a movimentação nas estradas cresce a cada dia. Para Pedro Trucão, o maior desafio do gestor de frotas é encontrar mão de obra qualificada. Parceiro da marca Mobil Delvac™, o jornalista conversou com Luiz Claudio Souza, especialista em mobilidade corporativa, sobre o assunto que destacou algumas atitudes que podem aumentar a produtividade das frotas.
A tecnologia é um meio para o gestor de frota aumentar a produtividade dos veículos. Uma série de dados permeia a o trabalho do gestor de frotas e a tecnologia pode ajudá-lo a tomar melhores decisões. Hoje, a vida desse profissional é praticamente voltada para análises de números em planilhas de custo e em softwares de gestão, como de manutenção ou abastecimento. “Trabalhar a integração desses dados e transformar tudo isso em inteligência vai gerar redução de custos e trazer mais segurança para o condutor, além possibilitar uma frota mais disponível”, afirma Luiz, destacando que esse tripé de fatores é vital para garantir uma operação eficiente e produtiva.
Para trabalhar esses fatores, o primeiro passo é captar dados para gerar informação. O segundo é transformar isso em ação, pois além de se equipar com tecnologia é preciso agir. E agir muitas vezes significa se aproximar do condutor, qualificar esse profissional. “Exemplo prático: a transportadora passa a utilizar um software de gestão de multas. Se não houver um trabalho de conscientização lá na ponta, o resultado será pequeno, pois as infrações continuarão. Só haverá mais organização e, talvez, prazos para que pagamento não sejam perdidos. Então, como agir? Estabelecer indicadores, saber como medir os resultados e criar regras para apoiar a melhora desses índices”, indica Luiz.
Hoje, o maior desafio das transportadoras é capacitar o gestor de frota. Por isso, a marca Mobil Delvac™ apresenta seis passos decisivos para elevar a produtividade da frota:
1 Mapeamento e diagnóstico: Levante informações sobre sua frota. Quantos veículos tem, quais os tipos, quais operações os caminhões atendem. São pontos que vão desde o inventário de automóveis ao gasto com combustível, bem como com manutenção e o índice de sinistralidade. Feito esse levantamento, é possível enxergar problemas e oportunidades na gestão da frota.
2 Objetivos: Com os problemas identificados, deve-se pensar nas metas a executar. Identificar onde há mais problemas para resolver. Se há consumo excessivo de combustível, é ideal que se estabeleça objetivos para reduzi-lo.
3 KPIs: Com os objetivos definidos, é necessário criar indicadores de performance. Esses índices devem estar intimamente ligados às metas traçadas.
4 Redesenhar fluxos e processos: Esquecer o que existia antes e olhar para dentro da estrutura de gestão para entender se consegue atingir os objetivos e monitorar os indicadores definidos. Um exemplo prático: um funcionário faz a gestão das multas manualmente, a infração chega, identifica-se o condutor e, se não houver agilidade, perdem-se prazos, o que pode até levar à indisponibilidade do motorista em casos extremos. Passar a usar um software de gestão de multas é rever fluxos.
5 Política de frota: Muitas transportadoras acham que têm políticas bem estruturadas, mas muitas vezes o documento é apenas um termo de comodato do veículo. O ideal é ter um conjunto de políticas mais amplo, regendo a relação do funcionário (condutor) e o veículo.
6 Plano de ação: informações levantadas, indicadores estabelecidos, política de frota refeita. É hora de fazer valer ações para obter resultados e chegar aos objetivos. Esta é a parte mais importante desse passo a passo, porque nas etapas anteriores apenas se produz informação. É preciso agir. Um plano de ação anual é recomendável, mas é necessário revê-lo mês a mês.