Matéria prima foi desafio fundamental para o crescimento da indústria brasileira em 2021

Economista explica o cenário de 2021 e fala das projeções futuras da economia nacional

3 minutos de leitura

O economista Antonio Lanzana, participou do Seminário Anual do SIMEFRE e trouxe explicações acerca da economia do país, que acompanhou o mundo durante a pandemia. Lanzana é doutor em economia, consultor de entidades empresariais de grande porte e autor de diversos livros e artigos sobre economia brasileira.

Segundo Lanzana, o PIB caiu e se recuperou rápido (comportamento em “V”) mas a saída da crise é muito menos favorável. Para ele, não há horizonte claro sobre o futuro, principalmente na área fiscal, com incertezas: precatórios, confusão da reforma do IR, rompimento do teto, Auxílio Brasil etc. Para 2022 a expectativa é para crescimento de 1% no setor industrial. As importações aumentaram 15% em 2021 e houve mudança no cenário de importação com alta dos preços.  A evolução do PIB (IBC-Br) precisa ser adequadamente interpretada, já que a comparação em relação a 2020 gera distorção, por ter sido ano atípico, (chamado “Recessão técnica”). Por exemplo: Jan-out-21/ Jan-out-20: +4,99% / Jan-out-21/ Jan-out-19: +0,4%.

Ele expica que. PIB foi favorecido por exportações, agronegócio e construção imobiliária, que está perdendo “fôlego”.

O consumo interno foi impactado pela inflação alta, custo do crédito e elevado endividamento das famílias.

Na indústria, houve crescimento de 4% no ano de 2021 e o principal desafio foi o alto custo e falta de matéria prima.                

Lanzana explica que em 2022 a economia será impactada pelo cenário político. A incerteza sobre a sucessão presidencial afetará o desempenho principalmente das “variáveis financeiras”. A eleição vai influenciar comportamento do câmbio, bolsa e risco país e por isso há dificuldade de fazer previsões.

“A expectativa é de muita volatilidade, com as pesquisas eleitorais afetando mercados. Juros continuarão em elevação, podendo chegar a 11,5%. Inflação na meta em 2022 geraria alto custo para o nível de atividade”, diz Lanzana.

O economista listou os fatores de expansão da economia, como Auxílio Brasil, exportações e agronegócio; e fatores de contração da economia, como inflação, mercado de trabalho fraco, crédito caro e seletivo, elevado índice de endividamento das famílias, incertezas eleitorais e índices de confiança em queda (consumidor e empresários).

Assista ao Seminário Anual do SIMEFRE 2021 em  https://www.youtube.com/watch?v=LL82Jx15TZ0

Direto da fonte! Nossos jornalistas e colaboradores estão atentos a todos os conteúdos que envolvem os elos da cadeia da mobilidade terrestre brasileira. Sempre traremos conteúdo acionável para nossos leitores. Tudo sob a ótica dos CNPJs da cadeia. Da fabricação até a manutenção. Desejamos então, boa leitura! E claro, nos deixe saber a sua opinião. Ao final de cada matéria você pode deixar a sua mensagem ou ainda, através dos links das nossas redes sociais e whatsapp.

Deixe um comentário

Seu endere~co de e-mail n"ao serã publicado.

Anterior

Guia das despesas: os custos com os veículos no começo do ano

Próximo

Marcopolo enxerga sinais da recuperação do mercado

Pular para o conteúdo