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Mesmo impactado pela crise, setor de serviços cresce 0,7% em 2020 na cidade de São Paulo

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Corretoras imobiliárias, consultorias econômicas e de gestão administrativa, advocacias e agências de comunicação puxaram o crescimento tímido de 0,7% do faturamento real do setor de serviços paulistano em 2020, mostra a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços na Cidade de São Paulo (PCSS) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
O resultado também foi puxado pelo melhor mês de dezembro da série histórica, iniciada em 2010: com faturamento de R$ 50,2 bilhões, cresceu 11,3% em relação a dezembro de 2019. Foi também o resultado mais expressivo de 2020, ano marcado por quedas consecutivas do setor em meio ao cenário turbulento da pandemia de covid-19.
 

No entendimento da FecomercioSP, os números apresentam horizontes positivos para 2021, mas dependendo ainda da velocidade de vacinação da população, do ritmo da recuperação econômica de alguns setores (como o turismo) e do desempenho do mercado de trabalho de agora em diante.

O crescimento mais expressivo foi observado pelo grupo de agenciamento, corretagem e intermediação, que foi de 13,7% em 2020. Em seguida, estão os de mercadologia e comunicação (12,9%) e o de assuntos jurídicos, econômicos e técnico-administrativos (11,8%). Os desempenhos desses tipos de serviços sugerem, assim, que estas foram as principais demandas do mercado em meio ao contexto incerto provocado pela crise sanitária.

Esta chave de explicação também pode ser considerada quanto ao pior desempenho entre as 13 atividades analisadas na pesquisa: a do turismo, que perdeu mais da metade do seu tamanho (-56,3%) em 2020. Neste sentido, São Paulo está em consonância com a realidade turística nacional, que perdeu R$ 55,6 bilhões em faturamento no ano passado, em comparação ao ano anterior, como aponta outro estudo da Federação.

Depois do turismo, chamam a atenção ainda as perdas nas atividades educacionais (-9,4%) e nas de conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-5,3%). Empresas prestadoras de serviços de saúde na capital paulista, embora demandadas à exaustão em meio à pandemia, acabaram 2020 com prejuízo de 3,4% em relação ao ano anterior.

Como melhorar o desempenho em 2021?
Os números da PCSS mostram, ao empresário do setor de serviços da cidade de São Paulo, a importância de adotar uma postura cautelosa: manter-se atento ao fluxo de caixa da empresa, evitar qualquer tipo de endividamento e aproximar as datas de vencimento dos custos às dos recebimentos de receitas.

Também é a hora de negociar novos prazos de pagamentos e entregas com fornecedores, além de, do ponto de vista estratégico, encontrar canais de comunicação e observar melhor as demandas do público em um cenário que volta a ser tão turbulento quanto o segundo trimestre de 2020.

Até por isso, as empresas do setor também podem encontrar, em meio à crise, oportunidades concretas para inovação dos seus negócios, ganhando competitividade no mercado e ajudando a superar os percalços atuais.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal. Utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo. As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado de ISS no município. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas, considerando a sinergia entre os municípios do entorno, os resultados refletem o cenário da região metropolitana.

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