Em uma reunião emblemática no Palácio do Planalto, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, executivos do setor automobilístico testemunharam um marco para a indústria: a assinatura da Portaria 43, que delineia os critérios para a obtenção de créditos financeiros sob o Programa de Mobilidade Verde e Inovação, Mover. Este programa, notável por sua ambição, visa não somente a transição para uma mobilidade mais verde, mas também estimula a produção local de veículos, peças automotivas, máquinas e soluções estratégicas, englobando uma vasta gama de produtos e serviços essenciais para a evolução da indústria automotiva no país.
Na sequência, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin proclamou a medida como o “pontapé inicial” para uma série de regulamentações que visam solidificar o Mover como o programa de mobilidade mais abrangente já concebido no Brasil. Além de enfatizar a contribuição do programa para a descarbonização, Alckmin sublinhou seu potencial em elevar a competitividade, a atividade econômica, e, crucialmente, gerar empregos e renda, com mais de R$ 107 bilhões já anunciados em investimentos na esteira de sua implantação.
O Mover, concebido como um suporte à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação tecnológica voltados para a redução da emissão de carbono, promete transformar radicalmente a indústria automotiva. Com créditos financeiros que totalizam R$ 19,3 bilhões disponíveis até 2028, e a criação do Fundo Nacional para Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), o programa estabelece um novo paradigma para o setor, incentivando a aderência às práticas sustentáveis e o compromisso com a inovação. Além disso, reforça-se a importância do cumprimento de critérios rigorosos, como reciclabilidade e medição de emissões de carbono, consolidando o compromisso do Brasil com uma indústria automobilística mais verde e sustentável.
Na esteira dessas mudanças, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou uma série de investimentos significativos por parte das montadoras, sinalizando uma recepção positiva do mercado ao Mover. Com investimentos que vão desde a Stellantis com R$ 30 bilhões até a BMW com R$ 500 milhões, é evidente que o setor automobilístico está alinhado com os objetivos do programa, prometendo uma revolução na mobilidade brasileira. Estes movimentos destacam não apenas a capacidade do programa de catalisar mudanças significativas na indústria, mas também de posicionar o Brasil como um líder em inovação automotiva e sustentabilidade.