Normativa de segurança para Recarga de Carros Elétricos

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Em resposta ao crescente número de veículos elétricos e incidentes relacionados, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo está propondo uma nova regulamentação para estações de recarga. Esta medida, que exigiria adaptações significativas dentro de um ano, foi motivada por preocupações com os riscos de incêndios, particularmente desafiadores devido às baterias de íons de lítio, que podem gerar altas quantidades de gases tóxicos e calor, além de possuírem um elevado potencial de reignição.

No entanto, essa proposta encontrou resistência significativa dentro da indústria. Ricardo Bastos, presidente da ABVE e diretor de Relações Institucionais da GMW, argumenta que a regulamentação como foi sugerida poderia estagnar o crescimento da eletrificação no país. Ele defende que o risco de incêndio em carros elétricos durante o carregamento é, estatisticamente, menor do que em veículos a combustão. Bastos propõe um debate técnico para desenvolver um conjunto de normas mais equilibrado e baseado em evidências.

Além disso, a ABVE planeja apresentar as tecnologias de segurança já incorporadas nos equipamentos de recarga existentes, muitos dos quais já incluem dispositivos anti-incêndio. Bastos acredita que esses argumentos serão fundamentais para reformular a proposta normativa de forma mais justa e menos restritiva.

A Go Eletric, também expressou preocupações, apontando que rumores sobre a infraestrutura de recarga têm feito os consumidores hesitarem na compra de veículos elétricos. Ele destaca que a incerteza regulatória já impactou negativamente seu negócio, com contratos de instalação de pontos de recarga sendo colocados em espera. Guastapaglia ressalta que as instalações de sua empresa seguem rigorosamente as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e que, desde 2019, não houve incidências de incêndio ligadas ao carregamento de veículos elétricos em suas estações.

Ele também menciona estudos internacionais que demonstram que a grande maioria dos incêndios em carros elétricos não ocorre durante o carregamento, mas devido a disfunções da bateria ou impactos no banco de bateria. Segundo Guastapaglia, a segurança tem avançado constantemente, tornando o abastecimento de um carro elétrico estatisticamente mais seguro que o de um veículo a combustão.

Este debate destaca o desafio de equilibrar segurança e inovação, enquanto a indústria automotiva elétrica no Brasil luta para manter seu ritmo de crescimento diante de potenciais novas regulamentações.

E sendo os problemas no momento da recarga ou não, todo cuidado e procedimentos, são sim necessários. Essa é sem dúvida uma jornada a ser cumprida.

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