Para cada veículo novo vendido são negociados em média entre 5 a 6 unidades de usados (por Marcelo Cavalcante)

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As vendas acumuladas de veículos usados fecharam agosto com 7.545.278 unidades, crescimento de 8,71% ante o ano anterior, nesse ritmo o setor vai encerrar o ano com um volume acima de 11 milhões de unidades de automóveis e comerciais leves, o recorde histórico de vendas foi no ano de 2021 quando foram vendidos 11.404.428.

Nossa análise é apenas do segmento de vendas de automóveis e comerciais leves, destacando que o volume total que incluí autos e leves, caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros, encerrou agosto com 10.225.961 unidades, sendo 7.545.278 de autos e leves, 230.265 de caminhões, 29.520 de ônibus, 2.288.379 de motos, 70.721 implementos e 61.800 de outros.

O volume de vendas de seminovos ficou estável nos últimos dez anos, com média de vendas de 10.500 milhões de unidades, sendo uma alternativa rentável para viabilizar o mercado, principalmente nos ciclos de queda de vendas de veículos novos.

O setor antecipou muitas mudanças do mercado, principalmente com a digitalização das operações comercias e as plataformas de vendas digitais.

A gestão do produto ganhou novos aliados nessa última década, a precificação passou a contar com novas empresas, limitando a margem de erro na hora da compra e antecipando possíveis movimentos de queda do setor, chegaram também as plataformas de repasses que ampliaram a capacidade territorial, aumentando ganhos e organizando as operações. As plataformas não param de evoluir, substituindo as tradicionais planilhas excel por avançados relatórios.

O crescimento da frota das locadoras, foi outro grande impulso ao mercado, com lojas próprias e produtos mais novos, que são vendidos aos consumidores finais e também abastecem muitos lojistas.
O setor segue limitado pela capacidade de compra e pelas variações nas linhas de crédito, a tendência para o próximo ano é da manutenção do atual mercado.

O consumidor também ganhou novos aliados nesses últimos anos, empresas de vistorias não param de crescer, as novas ferramentas de preços também auxiliam na tomada de decisão, mas ainda temos muito para evoluir, golpes, reclamações, questionamentos de garantias, sobre taxas em financiamentos, são entraves ao setor.

O consumidor deve ficar sempre atento, procure empresas com tradição, se tem dúvidas do laudo de vistoria, contrate novo serviço diretamente com a vistoriadora, evite preços abaixo da média, se for pessoa jurídica exija a emissão de nota fiscal, se for financiar faça várias cotações, peça cópia de todos os documentos assinados, faça um contrato particular de compra e venda, não compre antes de esclarecer todas as suas dúvidas, siga as dicas e faça uma boa compra.

Mais de vinte anos lidando com clientes, orientando negócios de maneira honesta e confiável, garantido sólidos relacionamentos comerciais. Especialista no desenvolvimento de equipes comerciais, financeiras e administrativas. Pós Graduado em Team Management pela FGV e em Recursos Humanos.

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