Com o recuo da pandemia, a Marcopolo registrou recuperação gradual dos resultados no 1T22. A retomada do mercado, com aumento de demanda, resultou em uma receita líquida de R$ 958,6 milhões, com aumento de 14,9% comparado ao 1T21. Foram R$ 588,5 milhões provenientes do mercado interno e R$ 370,2 milhões relativos ao mercado externo.
A Marcopolo produziu 3.084 unidades no primeiro trimestre deste ano. Deste total, 2.715 veículos foram produzidos no Brasil, 5% superior ao apresentado no 1T21. No período, a participação de mercado da companhia na produção brasileira de carrocerias foi de 53,4%.
A produção dos ônibus rodoviários se destaca no período, com a retomada do turismo. As vendas deste modelo representaram cerca de 35% dos volumes entregues no 1T22, contra 13% no 1T21. Entre os fatores que refletiram nesse resultado estão, também, o encarecimento dos combustíveis e a busca por viagens com conforto e menor custo.
O segmento urbano também demonstrou fortalecimento com o transporte coletivo como alternativa ao deslocamento individual. A produção da companhia para o segmento foi 1.227 unidades no 1T22, contra 916 unidades no mesmo período do ano anterior.
Na avaliação do trimestre, os modelos de micro-ônibus e Volare apresentaram volumes estáveis de produção. No 1T22, foram 816 unidades entregues para o programa Caminho da Escola, sendo 455 urbanos e 361 modelos Volare. Este ano, ainda serão entregues 2.685 unidades referentes à licitação realizada em 2021.
“Esperamos um ano de 2022 mais positivo, com uma performance que tende a melhorar ao longo dos próximos meses. Temos expectativa de recuperação do mercado de rodoviários pesados, com a volta das atividades de turismo, e das linhas regulares. Contamos ainda com o sucesso no lançamento da Geração 8, que contribuiu positivamente com os resultados do 1T22”, avalia José Antonio Valiati, CFO e diretor de Relações com Investidores da Marcopolo.
No trimestre, a companhia apresentou um lucro bruto de R$ 112,3 milhões e lucro líquido de R$ 98 milhões. As margens foram, respectivamente, de 11,7% e 10,2%.
O EBITDA foi afetado positivamente pelo melhor mix de vendas e pelo resultado da equivalência patrimonial, resultando em R$ 51,3 milhões no 1T22, com margem de 5,4%, versus R$ 23,5 milhões e margem de 2,8% no 1T21.
O fechamento do 1T22 registrou a dívida líquida total de R$ 1,06 bilhão no final de março deste ano. Desse total, R$ 477,3 milhões foram provenientes do segmento financeiro (Banco Moneo) e R$ 587,9 milhões do segmento industrial.
Retomada na América do Sul
A produção da Marcopolo no exterior somou 369 unidades no 1T21. Entre os mercados de destaque para a companhia no período está a Argentina, que obteve acréscimo de 9,3% na receita líquida em uma comparação com o período correspondente do ano passado, com 106 unidades faturadas.
O mercado de rodoviários voltados ao turismo também dá sinais de recuperação em mercados importantes como Argentina, Peru, Bolívia, Equador e Chile.
“Com o recuo da pandemia, o ônibus se apresenta como solução ideal para se lidar com o trânsito nas grandes cidades, como melhor custo-benefício para viagens de média e longa distância e como modal adaptado para emissões reduzidas independentemente da propulsão escolhida. Seguimos vocacionados a fornecer o melhor produto para os desafios da mobilidade terrestre com conforto, segurança e novas tecnologias”, finaliza Valiati.