Com as novas regulamentações ambientais entrando em vigor no Brasil, o setor de aftermarket automotivo está se adaptando rapidamente para atender aos novos padrões estabelecidos pelo Proconve L7. Este conjunto de normas, parte do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, estabelece limites mais rigorosos para emissões de poluentes, como óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (MP), especialmente para veículos leves.
O Proconve L7, em vigor desde janeiro de 2022, impõe limites de emissões de 80-320 mg/km de NMOG + NOx e até 1000 mg/km de CO para carros de passeio. Esses padrões estão forçando as empresas do setor a investirem em tecnologias mais limpas, como catalisadores de alta eficiência, para reduzir as emissões e atender às novas exigências legais. Além disso, o governo brasileiro oferece incentivos fiscais, como isenções de ICMS e reduções de IPI, para empresas que desenvolvem ou adotam tecnologias de controle de emissões compatíveis com os padrões do Proconve.
O Proconve L8, que começará a ser implementado a partir de 2025, trará ainda mais rigor às normas, com limites de emissão ainda menores e a introdução de créditos de emissão de poluentes. Essas mudanças exigirão uma adaptação contínua por parte das empresas do setor, não apenas no desenvolvimento de novas tecnologias, mas também na gestão de emissões a nível corporativo, incluindo a possibilidade de geração e troca de créditos de emissão.
Essa adaptação está criando novas oportunidades no mercado, tanto para fornecedores de componentes de controle de emissões quanto para empresas de serviços de aftermarket. Com o Brasil se tornando um exportador importante de tecnologias de controle de emissões para outros países da América Latina, o setor de aftermarket automotivo está bem posicionado para crescer tanto no mercado interno quanto internacionalmente, consolidando sua liderança na região.
Fontes: International Council on Clean Transportation (ICCT), Automotive World, Global Compliance News.