O diretor do Sindipeças Elias Mufarej identificou alguns dos principais desafios que mudanças em andamento estão impondo às empresas do setor. Para elencar essas barreiras de competitividade de maneira didática, o dirigente as dividiu em três categorias principais.
A primeira se concentrou na atual conjuntura do segmento e no comportamento dos diversos palyers envolvidos na cadeira da reposição. A segunda projetou seu foco na pauta ambiental, tema que cada vez mais tem tido peso no comportamento de consumo da população mundial, bem como na capacidade de associação com grandes empresas e parceiros internacionais para os quais a sustentabilidade começa a se colocar como uma condição inegociável.
A terceira e última camada, mas de igual importância, se referiu aos desafios impostos pelo avanço tecnológico no setor automotivo em si, na gestão empresarial e nos canais de conexão e comunicação entre empresa e consumidor. Confira os principais desafios citados em cada uma dessas categorias:
Desafios conjunturais:
– Grande sortimento de modelos de veículos e autopeças na frota circulante.
– Pulverização de modelos de canais de distribuição entre o modelo tradicional, o atacarejo, a formação de redes de autopeças e o e-commerce.
– Necessidade de aumento da transparência nos preços imposta pelos meios digitais.
– Chamado para nova consolidação e integração em prol de uma renegociação de papéis entre os diferentes players da cadeia (fabricantes, distribuidores, varejo). –
Aumento da concorrência pelo ingresso de empresas 100% digitais no mercado
Desafios ambientais e sociais
– Atenção ao descarte e reciclagem de acordo com as novas obrigações ambientais.
– Promoção de logística reversa de embalagens.
Desafios tecnológicos
– Aumento da frota híbrida e elétrica e a consequente necessidade de informar o reparador sobre as inovações, bem como capacitá-lo para operar as novas tecnologias.
– Aumento da restrição de acesso ao computador de bordo dos veículos por conta das inovações no âmbito da conectividade automotiva e o aumento da duração do elo entre o automóvel e seu fabricante.
– Big data e análises avançadas de dados como carro-chefe da gestão empresarial.
– Predominância do conceito de omnichannel na comercialização de produtos e serviços da reposição automotiva.
– Chamado para aumento da presença nas redes sociais em prol do engajamento e da criação de uma identificação entre a empresa e seus consumidores.
– Necessidade de investimentos em catálogos digitais e eletrônicos cada vez mais didáticos.