A Stellantis destinou R$ 14 bilhões do seu próximo ciclo de investimentos, que totaliza R$ 30 bilhões entre 2025 e 2030, para a fábrica de Betim (MG), responsável pela produção de veículos e motores. Esse montante será utilizado no desenvolvimento de novos produtos, incluindo modelos da futura linha híbrida da fabricante.
Emanuele Cappellano, presidente da companhia para a América do Sul, anunciou no dia 20 de maio que o primeiro modelo híbrido será lançado no Brasil até o final do ano. Embora os detalhes sobre esse modelo permaneçam confidenciais, sabe-se que será um modelo de grande volume.
A capacidade da unidade de Betim, que atualmente fabrica os propulsores Firefly, Fire e GSE Turbo, será ampliada de 750 mil para 1,1 milhão de unidades anuais. Esse aumento responde à crescente demanda por motores a combustão, tanto no mercado doméstico quanto no exterior. Com isso, Betim se consolidará como o principal centro de produção de motores da Stellantis na região e uma plataforma exportadora estratégica, abastecendo produções no Brasil, Argentina, Índia, Turquia, entre outros.
Com o desligamento de fábricas de veículos e motores a combustão na Europa, a Stellantis visa atender mercados onde a transição para a eletrificação será mais lenta. Por isso, a empresa investiu R$ 454 milhões na modernização da linha de motores de Betim, utilizando equipamentos de outras fábricas da montadora onde a produção de veículos a combustão está em fase de encerramento.
Esse ferramental é subsidiado pelo Programa Mobilidade Verde, o Mover, que oferece isenção de imposto de importação para iniciativas desse tipo. Segundo Cappellano, “a linha está 70% pronta e começará a produzir com este ferramental até o final do ano”.
Enquanto a empresa avança no desenvolvimento dos novos modelos híbridos e na formação de fornecedores locais de componentes, há planos mais definidos para a produção de motores. Nos próximos cinco anos, a Stellantis planeja desenvolver quatro novas plataformas e oito motores distintos, reforçando seu compromisso com a inovação e a expansão de suas capacidades produtivas.