Levantamento aponta queda no fluxo de veículos entre outubro e novembro, enquanto dados da Senatran revelam frota envelhecida e dependência de gasolina nos dois estados
Entre outubro e novembro de 2024, o fluxo total de veículos nas rodovias fluminenses registrou uma retração de 1,2% após ajustes sazonais. A queda foi mais significativa para veículos pesados (-7,0%) em comparação com leves (-1,2%). Em relação a novembro de 2023, o tráfego agregado nas rodovias do estado se manteve praticamente estável, considerando o discreto recuo de 0,1% no comparativo, resultante do contraste entre o crescimento na movimentação de veículos pesados (+4,6%) e a redução nas viagens de leves (-0,8%).
Nas rodovias paulistas, o levantamento apontou uma leve retração de 1,6% em relação ao mês anterior, após ajuste sazonal, com quedas nos fluxos de veículos pesados (-6,7%) e leves (-2,0%). Entretanto, no comparativo anual com novembro de 2023, o tráfego registrou alta de 2,6%, sustentada pelo aumento no fluxo de veículos leves (+3,1%), enquanto o de pesados teve uma discreta queda de 0,1%.
Esses são alguns dos resultados da última edição do Monitor de Tráfego nas Rodovias, levantamento realizado pela Veloe em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) com o objetivo de acompanhar o movimento de veículos desde janeiro de 2020.
No acumulado de 2024 (até novembro), o tráfego total no Rio de Janeiro manteve um crescimento expressivo de 3,9%. O avanço foi liderado pelos veículos pesados (+12,0%), enquanto os veículos leves apresentaram um incremento mais modesto (+2,8%). Em uma análise de 12 meses, o fluxo nas rodovias do estado subiu 4,1%, impulsionado novamente pelo desempenho de pesados (+11,5%) e pelo aumento de leves (+3,1%).
Em São Paulo, no balanço parcial de 2024, até novembro, o fluxo agregado de veículos nas rodovias paulistas cresceu 2,8% em relação ao mesmo período de 2023. A alta foi observada tanto no tráfego de veículos pesados (+5,8%) quanto leves (+2,4%). Considerando os últimos 12 meses, o aumento acumulado foi de 2,6%, com destaque para os pesados (+5,6%) e leves (+2,2%).
Perfil da frota
O informe também inclui dados recentes da Senatran (Secretaria Nacional de Transportes) sobre a composição da frota de ambos estados.
Em outubro de 2024, o estado do Rio de Janeiro possuía uma frota de 7.932.229 veículos, representando 6,4% da frota nacional. Houve um crescimento de 0,3% em relação ao mês anterior, 3,4% no acumulado do ano e 6,1% nos últimos 12 meses. A frota é majoritariamente composta por automóveis (62,8%), motocicletas (16,4%), caminhonetes (5,3%), camionetas (4,7%) e caminhões (2,0%). Em relação ao combustível, a maior parte dos veículos utiliza gasolina exclusivamente (34,6%), seguido por gasolina ou etanol (33,1%) e GNV (20,9%). A frota fluminense também conta com veículos movidos a diesel (5,3%), exclusivamente a etanol (3,9%) e elétricos ou híbridos (0,3%).
A idade média dos veículos no estado é de 18,0 anos, com 16% fabricados nos últimos cinco anos e 33,6% nos últimos dez anos.
Já o estado de São Paulo possuía, em outubro de 2024, uma frota de 34.251.913 veículos, equivalente a 27,8% da frota nacional. A composição por tipo de veículo foi liderada por automóveis (59,7%), motocicletas (16,8%) e caminhonetes (7,1%). Em relação aos combustíveis, os veículos movidos exclusivamente a gasolina representaram 42,3%, seguidos pelos que utilizam gasolina ou etanol (42,0%).
A idade média da frota paulista foi estimada em 18,3 anos, com 15,9% dos veículos fabricados nos últimos cinco anos e 62,8% com até 20 anos.
Para mais detalhes sobre os resultados, acesse os informes de São Paulo e Rio de Janeiro do Monitor de Tráfego nas Rodovias do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade.