A Tupy e a MWM firmaram uma parceria com a cooperativa agrícola Primato para a construção de uma usina de biogás em Ouro Verde do Oeste (PR), que produzirá energia limpa, por meio da utilização de dejetos de suínos, e combustível renovável, com a geração do biocombustível. Trata-se do primeiro acordo estabelecido após a combinação entre as duas Empresas, concluído em novembro de 2022, que teve como um dos principais objetivos a promoção de soluções viáveis para a descarbonização.
O projeto começa com 13 propriedades, mas há potencial para alcançar todos os cooperados, que poderão manter suas atividades com o auxílio de uma fonte energética limpa, resultando em menor impacto ambiental e redução nos custos operacionais.
“Por meio dessa parceria com a Primato, será possível desenvolvermos uma solução completa para o aproveitamento dos resíduos oriundos do processo de produção na fazenda, de modo que, tanto o pequeno quanto o grande produtor rural consigam neutralizar a emissão de Gases de Efeito Estufa [GEE] gerada pelas suas atividades, obtendo, ao mesmo tempo, redução de custo operacional e aumento de produtividade”, revela Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy.
Segundo José Eduardo Luzzi, CEO da MWM, a cadeia produtiva do biogás começará com a coleta dos rejeitos orgânicos nas propriedades rurais. “Após serem transportados para o ambiente da usina, serão tratados e, com o auxílio dos biodigestores e do sistema de filtragem e monitoramento, transformados em energia limpa e de alta qualidade para alimentar os geradores movidos a biometano produzidos pela MWM”.
O acordo também prevê que a MWM faça a transformação veicular da atual frota de motores a diesel para gás. Isso porque os dejetos, que serão transformados em combustível renovável, podem ser aplicados tanto para movimentação dos caminhões da Primato quanto para subsidiar o consumo de energia elétrica dos cooperados.
“O mesmo caminhão que leva ração para a pecuária será abastecido com o biometano produzido na usina. Essa inovação proporcionará uma renda extra aos produtores, além de contribuir com o meio ambiente e ir ao encontro dos benefícios da economia circular, promovendo uma produção mais sustentável de alimentos”, explica Léo Sabadin, presidente da Primato.
Ainda dentro desse sistema, há a geração de biofertilizantes, que substituem os fertilizantes minerais. E, com isso, reduzem o custo e a dependência de produtos importados para os produtores e também contribuem com a redução da pegada de carbono.
A concepção do projeto é fruto do investimento da Tupy e da MWM em Pesquisa & Desenvolvimento. “Para que possamos desenvolver tecnologias como essas, é preciso investir na geração de conhecimento. Além das parcerias com universidades brasileiras, fomentando a ciência nacional, contamos com pesquisadores nas áreas de biologia, zootecnia e agronomia em nosso time”, conta Cristian Prates Malevic, diretor da MWM responsável pelo projeto.